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Os funcionários do Hospital Evangélico de Curitiba devem iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir das 13 horas de quarta-feira (9). Uma reunião realizada nesta terça-feira (8), entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) e a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), que administra o hospital, terminou sem acordo. Com o impasse, também devem parar os servidores do Centro Comunitário e do Centro de Especialidades, ambos do Bairro Novo. Os funcionários estão com o 13º salário e os vencimentos de dezembro de 2012 atrasados.

A SEB atribui o atraso no pagamento dos colaboradores à falta de repasses da prefeitura de Curitiba. Segundo a presidente do Sindesc, Isabel Cristina Gonçalves, os diretores da SEB aproveitaram a reunião para expor esta situação, mas não houve garantias de que os salários atrasados seriam pagos até a quarta-feira. A presidente do sindicato disse que há informações de que os repasses não são feitos ao Evangélico há quatro meses.

"Eles [os representantes da SEB] disseram que o pagamento depende dos repasses, que iam avaliar a possibilidade de começar os pagamentos, mas não tivemos confirmações ou garantias. Em princípio, a paralisação está mantida", disse Isabel.

Por sua vez, a direção do hospital afirmou, por meio de nota emitida na tarde desta terça-feira, que o Sindesc "entendeu que a situação da omissão de pagamento se dá devido à falta de repasses ao hospital". O texto não faz menção à possibilidade de greve.

O sindicato ainda vai tentar se reunir emergencialmente com representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. O objetivo é saber se há previsões para que os repasses à SEB sejam feitos. "Tem que haver uma sinalização. Se não pagarem todos os atrasados até amanhã [quarta-feira], que apresentem um plano de pagamento. Os funcionários precisam comer", afirmou a presidente do sindicato.

Durante a paralisação, o sindicato pretende manter 30% dos servidores trabalhando normalmente, como determina a legislação. Os casos de urgência e emergência também serão atendidos normalmente. "Nós vamos cumprir todas as garantias", assegurou Isabel.

O Hospital Evangélico é gerido pela SEB, mas mantém convênios federais, estaduais e municipais. A direção do hospital afirma que a prefeitura de Curitiba ainda não havia efetuado os repasses dos meses de novembro e dezembro de 2012, provocando o atraso no pagamento dos funcionários.

Repasses começaram a ser pagos

Na tarde desta terça-feira, a prefeitura de Curitiba informou que os repasses atrasados começaram a ser pagos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, as dívidas chegavam a R$ 3,2 milhões. Na segunda-feira, pouco mais da metade deste valor - R$ 1,7 milhão - foi depositada nas contas da SEB. Por conta do expediente bancário, o dinheiro deve estar disponível ao Evangélico na quarta-feira.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informou que o superintendente de gestão da pasta conversou por telefone com a presidente do Sindesc e informou que os pagamentos atrasados começaram a ser quitados. A Secretaria ressalta que os repasses deixaram de ser efetuados na gestão passada e que os valores sequer tinham sido empenhados.

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