Após incêndio, trânsito para por 9 horas

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Um incêndio de grandes proporções, que atingiu a parte superior de três lojas de embalagens localizadas na Avenida Sete de Setembro, esquina com a Rua. Dr. Faivre, por volta das 11 horas da manhã de ontem, deixou o trânsito da região bloqueado até por volta das 20 horas, quando os trabalhos dos bombeiros foram encerrados. Por questões de segurança, o Corpo de Bombeiros pediu para que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) desligasse parte da rede elétrica da região. Com isso, segundo a empresa, 244 domicílios ficaram sem luz por cerca de cinco horas. Outros 60 imóveis, ainda, permaneceram sem energia até as 20h40. Ninguém ficou ferido gravemente.

De acordo com informações da Diretoria de Trânsito de Curitiba e do Batalhão de Polícia de Trânsito, a Rua Ubaldino do Amaral foi fechada no cruzamento com as avenidas Sete de Setembro, Visconde de Guarapuava e Affonso Camargo. Também foram bloqueados os cruzamentos da Sete de Setembro com as ruas Mariano Torres e Tibagi, além da esquina da Visconde de Gua­rapuava com a Rua Francisco Torres. Os sinaleiros da região próxima ao Mercado Municipal também ficaram sem funcionar. Durante todo o dia, o trânsito ficou complicado nestes trechos e diversos congestionamentos se formaram.

Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não é possível apontar a causa do incêndio. O laudo pericial deve sair em 30 dias. O segundo andar do prédio, que comportava o depósito das lojas Casa das Embalagens, Sete Embalagens e Comercial Embalagens; um escritório de advocacia e o Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização do Paraná (Sindiurbano), ficou totalmente destruído pelas chamas.

No total, 13 viaturas e dois caminhões-pipas foram usados na operação, que envolveu mais de 40 homens. Duas pessoas que inalaram fumaça foram encaminhadas para avaliação médica por precaução. Alguns funcionários das lojas chegaram a desmaiar por causa do nervosismo e também receberam atendimento.

Gerentes e proprietários das lojas não quiseram se pronunciar sobre o incidente. De acordo com funcionários, o foco do incêndio começou no depósito da Comercial Embalagens e se espalhou rapidamente. "Logo chamamos os bombeiros e todo mundo saiu correndo do prédio", diz a vendedora Ângela Guimarães. Selma Freitas, que trabalha no Sindiurbano, conta que, na hora em que deixou o prédio, a fumaça já estava invadindo o corredor. "O fogo estava baixo e, de repente, já tinha passado o telhado".

Segundo o responsável pela operação, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Luiz Henrique Pombo, o fogo se alastrou rapidamente porque grande parte dos materiais que estavam no depósito eram inflamáveis. Além disso, as divisórias do local eram de madeira. O tipo de material chegou a dificultar o trabalho dos bombeiros, já que alguns focos de incêndio reapareciam depois de controlados – a chamada reignição.

Escada

O Corpo de Bombeiros teve que contar com a ajuda de duas viaturas de Araucária e São José dos Pinhais, municípios da região metropolitana. Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal sobrevoou a região, mas não precisou prestar apoio. Por volta das 12h40, um caminhão equipado com uma escada Magirus chegou para auxiliar no combate às chamas, que se espalhavam para outras lojas do prédio. Questionado sobre a demora para enviar a escada, que é mais eficiente no combate em incêndios, Pombo afirmou que há apenas um caminhão deste tipo em Curitiba, que estava em reforma e ainda não havia sido testado depois de entregue. "Testamos agora. Por isso, fiz questão de eu mesmo subir. Se caísse, pelo menos seria eu". O tenente-coronel não respondeu se apenas uma escada Magirus é suficiente para toda Curitiba.