A onda de violência enfrentada por Salvador (Bahia) neste início de ano - só em dois fins de semana de janeiro foram registrados 54 homicídios na região metropolitana - causou mudanças de comando e de estratégia na Secretaria de Segurança Pública baiana. O novo secretário, o delegado da Polícia Federal Maurício Teles Barbosa, assumiu o posto há duas semanas com a promessa de iniciar um projeto parecido ao das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro. Na segunda-feira, o governo baiano anunciou a troca do comando da Polícia Civil. O novo delegado-chefe será Hélio Jorge Paixão, atual superintendente de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar.
As bases comunitárias, nome das versões baianas da UPP, devem ser instaladas nos bairros mais violentos da cidade. "Já temos o mapeamento das áreas críticas e a questão passa pela permanência do policial nesses locais", avalia Barbosa. A primeira deve ser instalada no segundo semestre, com 30 policiais, conselho comunitário de segurança, oficinas e aulas de artes e esportes, além de atendimento psicológico.
O principal desafio é diminuir os homicídios, em alta desde os anos 1990 - e em rápida aceleração nos últimos cinco anos. Entre 2006 e 2010, a Bahia registrou crescimento de 50,7% nos homicídios - de 3.222 casos em 2006 para 4.856 em 2010. Em Salvador, o número anual saltou de 967, em 2006, para 1.638 no ano passado, alta de 69,4%. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, cerca de 80% dos homicídios estão relacionados ao tráfico de drogas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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