Pressionada a ser mais transparente na divulgação de dados, a Sabesp (empresa de saneamento paulista) começou a disponibilizar a partir desta terça-feira (17) uma nova base de cálculo do nível do sistema Cantareira, reservatório mais afetado pela crise da água. A companhia estatal passará a divulgar o percentual que considera o nível atual pelo volume total autorizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
No novo índice, que considera as duas primeiras cotas do volume morto, o sistema está atualmente com 11,9% de sua capacidade total. Até agora, a empresa estatal considerava apenas o volume útil do reservatório, sem levar em consideração as duas cotas do volume morto. Por esse critério, o nível atual é de 15,3%.
A adoção do novo percentual vinha sendo recomendada pelo Ministério Público desde o ano passado. Em nota, a Sabesp afirmou que a iniciativa faz parte de estratégia da empresa estatal para dar “mais transparência às informações sobre índices de mananciais”.
No início deste mês, o presidente da ANA, Vicente Andreu, cobrou maior transparência do governo de São Paulo na divulgação do nível do Cantareira. Segundo ele, ao não levar em conta o volume útil para o cálculo da capacidade atual, é divulgada uma sensação “diferente da real” sobre a crise hídrica.
Na época, o volume do sistema era de 11,7%. “O reservatório não está com 11,7% de sua capacidade. Ele está com 17% em relação ao seu volume útil. Era importante que esses números fossem mais esclarecidos e mais divulgados. Ao se divulgar 11,7%, dá uma sensação diferente da real, que é a capacidade do reservatório”, afirmou.
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