Os seis policiais militares que deixaram o núcleo do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) em Londrina na terça-feira voltaram ontem à tarde a trabalhar no órgão. Os policiais foram convocados para se reapresentar na sede do 5.º Batalhão da PM, em Londrina, um dia depois de o governo do estado garantir que os agentes seriam mantidos no Gaeco.
O coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Cláudio Esteves, disse que houve "reversão nas ordens". Segundo ele, o comandante-geral da PM do Paraná, coronel Marcos Scheremeta, negou que a decisão de determinar a volta dos policiais ao batalhão tenha sido tomada por ele. A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que o objetivo foi levantar onde cada policial está trabalhando.
Na segunda-feira, o secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César Sobrinho e o secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral, garantiram ao coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, e ao procurador geral do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, que os 38 policiais militares e 20 policiais civis cedidos ao Gaeco continuarão no órgão.
A polêmica em relação ao Gaeco principal órgão de combate ao crime organizado no Paraná começou com a publicação do Decreto 34/2011, no dia 12 de janeiro, que determinou a volta de todos os servidores às suas lotações de origem. Segundo os promotores do Gaeco, caso os policiais deixem o órgão, cerca de 250 investigações em andamento ficarão prejudicadas. Um novo decreto excluiu os servidores da segurança pública da obrigatoriedade, mas em seguida o comando da PM informou que todos deveriam se apresentar em seus batalhões para um recadastramento.
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