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Greve

Após proibição, grevistas da PF planejam manifestações no Paraná

Representantes dos policiais federais garantem que proibição do STJ não intimidará ações do movimento grevista, que deve fazer novas manifestações nos próximos dias

O Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-PR) disse que pretende fazer novas manifestações no Paraná nos próximos dias, apesar da proibição de novas operações-padrão, imposta na noite de quinta-feira (16) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A entidade representante da classe realizou durante o dia uma reunião com sindicatos de todo o país e com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) para decidir como a categoria responderá à decisão judicial.

Com a decisão do STJ, os policiais federais em greve pretendem realizar "operações-não-padrão", diferentes das que foram proibidas, de acordo com Vicentine. Porém, o presidente não quis passar detalhes sobre quais medidas serão tomadas nas futuras manifestações. "Mas não vamos afrontar a decisão da Justiça", garante.

Segundo ele, a sentença incentiva uma mudança nos rumos das atividades a serem realizadas. O presidente afirmou que as manifestações nacionais simultâneas devem crescer a partir de agora para pressionar ainda mais o governo.

Proibição

Tanto a Polícia Federal (PF)quanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram proibidas de fazer manifestações que causem tumultos como os registrados nesta quinta nos aeroportos, estradas e fronteiras. Em Curitiba, no Afonso Pena, todas as bagagens de quem embarcava ontem pela manhã eram revistadas, o que gerou filas e transtornos. Na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, filas de cinco quilômetros se formaram durante a quinta-feira na entrada e saída do Brasil por causa da manifestação dos agentes da PF.

Para evitar os efeitos dos protestos pelo País, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma ação no STJ e conseguiu que a corte proibisse as operações-padrão e aplicação de multa de R$ 200 mil por dia no caso de haver desrespeito à determinação. O argumento utilizado foi de que as manifestações, da maneira como foram conduzidas, caracterizam abuso de poder.

Mesmo assim, os policiais federais afirmam que não devem se intimidar com a decisão do Estado. "O movimento não vai parar por causa disso [proibição pelo STJ], vamos ter que levar nossa luta para frente com outras armas. Tomaremos uma posição em função desse uso da máquina pública que o governo está fazendo contra nós", alertou o presidente do Sinpef-PR, Fernando Vicentine.

O Ministério do Planejamento, responsável pela negociação com a categoria, afirmou na quarta-feira (15), por meio da assessoria, que estuda as reivindicações dos grevistas para chegar a uma acordo possível dentro dos limites da pasta. A proposta deve ser apresentada na semana que vem, no dia 21.

Polícia Rodoviária Federal

Os protestos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram proibidos na mesma liminar do STJ. A categoria decidiu suspender os bloqueios temporariamente nesta sexta. Nesta quinta, seis pontos de fiscalização detalhada nas rodovias do Paraná provocaram filas de cinco a 27 quilômetros de lentidão. Neste sábado (18), a categoria promove uma assembleia para definir os rumos da mobilização dos agentes.

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