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Depois de sofrer dois princípios de rebelião – nas madrugadas de terça-feira (31) e de quarta-feira (1º) – a superlotada carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Vila Izabel, em Curitiba, terá 32 presos transferidos ao Centro de Triagem II (CT-II), em Piraquara, na região metropolitana. Eles estão condenados e já deveriam cumprir suas penas no sistema prisional. Mesmo com o remanejamento, a situação deve continuar crítica na unidade: devem permanecer 150 detentos em 16 celas.

"Já dá uma amenizada, mas o problema continua, porque é uma rotatividade muito grande, todo dia prendemos alguém, então fica sobrecarregado", afirmou o delegado Gérson Machado, na quarta-feira.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), as remoções começaram nesta quinta-feira (2), com a transferência de 12 presos ao CT-II. Na sexta-feira (3), outros 20 detentos também devem ser levados à unidade localizada em Piraquara. A Sesp informou que, para possibilitar as transferências, 32 presos que estavam no CT-II foram encaminhados a presídios do Paraná.

Na madrugada de terça-feira, agentes da DFRV descobriram que presos haviam serrado as grades de uma das celas. Assim que o plano de fuga foi descoberto, os detentos tentaram iniciar uma rebelião, gritando e fazendo "bate-grade". Policiais da unidade, com apoio da Polícia Militar (PM) e da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), conseguiram conter o motim.

Na madrugada de quarta-feira, houve uma nova tentativa de motim. Os presos jogaram água nos interruptores na tentativa de provocar um curto-circuito. Apesar disso, a tentativa de rebelião também foi debelada. Uma equipe da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB) esteve na delegacia nesta quarta-feira para avaliar a situação dos presos.

Conforme decreto assinado pelo governador Beto Richa em março deste ano, todos os presos provisórios, detidos em delegacias, devem ser transferidos para penitenciárias até o fim da gestão. Segundo o diretor do departamento penitenciário da Secretaria de Justiça, Maurício Kuehne, a transferência completa depende da aprovação do governo federal dos projetos para a construção de unidades penais.

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