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O empresário Oscar Maroni foi absolvido nesta terça-feira (9) das acusações de favorecimento à prostituição e manutenção de local destinado a encontros libidinosos. A decisão atende ao recurso da defesa dele apresentado após a condenação a 11 anos e 8 meses de prisão em 2011. Maroni era dono da boate Bahamas e de um hotel na região de Moema, na zona sul de São Paulo. No processo, o Ministério Público afirmava que eram realizados encontros de garotas de programas em suítes disponibilizadas pela casa noturna, e que o empresário fazia disso sua principal atividade econômica.

Após a decisão da Justiça que condenou Maroni, o Ministério Público recorreu pedindo a condenação também de outros réus no processo, que tinha sido inocentados. Entre eles estavam a ex-mulher de Maroni e dois funcionários da boate. Já a defesa do empresário recorreu para tentar a absolvição dele - o único condenado no processo.

A absolvição em segunda instância foi determinada por dois dos três desembargadores que julgaram o caso. Segundo o Tribunal de Justiça, prevaleceu para a decisão o depoimento de garotas de programas que diziam não haver hierarquia no relacionamento com Maroni e que elas não repassavam nenhuma quantia para ele após os programas.

Segundo o TJ, cabe recurso a decisão. Para o advogado de Maroni, Leonardo Pantaleão, no entanto, "a chance de mudança é pequena". Segundo ele, "a conduta dentro do Bahamas, de fato, não se encaixa nos dois crimes - casa de prostituição e favorecimento a prostituição".

"Nesses cinco anos que o Bahamas ficou fechado tive prejuízo de R$ 80 milhões. Fui perseguido, me impediram de trabalhar. Vou pedir indenização, mas quem paga o desgaste emocional? Fui preso três vezes, na rua as pessoas achavam que eu era bandido", afirmou Maroni após a decisão dessa terça-feira.

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