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À esquerda, o site do governo com o menu para buscar os telefones do projeto Povo, logo acima do banner vermelho "Combate à corrupção", segundo busca memória cache do site Yahoo!; na direita, a versão atual do site sem essa opção. Memória cache é uma espécie de fotografia guardada por sites com sistema de buscas para indexá-las | Reprodução
À esquerda, o site do governo com o menu para buscar os telefones do projeto Povo, logo acima do banner vermelho "Combate à corrupção", segundo busca memória cache do site Yahoo!; na direita, a versão atual do site sem essa opção. Memória cache é uma espécie de fotografia guardada por sites com sistema de buscas para indexá-las| Foto: Reprodução

O que é o Povo

O projeto Povo foi criado para o cidadão poder ajudar a Polícia Militar a definir ações de segurança no seu bairro, repassando informações a policiais e aos conselhos comunitários de segurança (Consegs). Ele nasceu em 1993, no primeiro governo Roberto Requião, não sendo mantido nas duas gestões de Jaime Lerner (1995 a 2002). Com a volta de Requião ao governo, o projeto foi relançado.

Em tese, o projeto Povo deve cobrir toda a cidade de Curitiba. Segundo a PM, cada um dos 75 bairros da capital é atendido 24 horas por uma viatura e duas motos usadas para esse tipo de serviço, com policiais usando rádios e celulares, podendo receber reforço nos horários de pico.

Quem precisou do telefone de alguma equipe do projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante) nesta segunda-feira (16) e tentou procurar no site da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) acabou não encontrando a informação. No domingo, um dia após a denúncia publicada na Gazeta do Povo sobre o mau funcionamento dos celulares da Polícia Militar, os telefones não estavam mais disponíveis. O governo admitiu que os mandou retirar.

A matéria mostrou que, dos 71 telefones celulares do projeto Povo de Curitiba, apenas oito (11% do total) atenderam da maneira prevista, no carro da PM. Em 33 casos, o telefone sequer foi atendido. Em outros 30, houve resposta, mas o celular estava dentro da sede das companhias de polícia, sendo usados como telefones fixos. As ligações foram feitas durante três dias, na semana passada, entre às 19h e 20h.

Segundo nota da assessoria de imprensa da PM, o Coronel Jorge Costa Filho tomou conhecimento das falhas por meio da reportagem da Gazeta do Povo. Embora afirme que 66 dos 71 telefones estão em funcionamento, o texto diz que o comando da capital pediu para os Batalhões um levantamento da situação dos aparelhos.

Mesmo sem os dados do levantamento, que devem ser divulgados na terça-feira (17), a PM reiterou que os telefones estavam operantes e poderiam ser consultados pelo site da Sesp. Só que os telefones foram retirados do ar ainda no fim de semana.

Em um primeiro momento, a Sesp afirmou que houve um problema com a Companhia de Informática do Paraná (Celepar), órgão responsável pela manutenção dos sites do governo. O diretor da Tecnologia da Informação da Celepar, Claudio Dutra, no entanto, respondeu que os telefones foram retirados à pedido da secretaria intencionalmente.

A reportagem voltou a ouvir a Sesp, que admitiu ter retirado os telefones para uma atualização dos números. O governo afirmou ainda que a lista estará novamente disponível na terça-feira.

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