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Quatro guardas municipais foram afastados do patrulhamento nas ruas de Londrina, na região Norte do Paraná. O afastamento se deu por conta da acusação de que eles teriam agredido um grupo de adolescentes no interior do Terminal Central, em 9 de julho. Câmeras do local registraram a ação. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da GM e pela Promotoria da Infância e Juventude.

As agressões teriam ocorrido após quatro adolescentes – com idades entre 13 e 15 anos – terem invadido um ônibus após roubarem um celular nas proximidades do Calçadão. De acordo com a RPC, os guardas municipais realizaram um cerco até localizarem o grupo de jovens e posteriormente os levaram a uma sala do prédio onde realizaram a abordagem agressiva.

Em entrevista à RPC, um dos adolescentes detalhou as agressões. “Chute, tapa, murro na cara, na cabeça. Bateram a cabeça dos outros na parede. Choque.” Os choques teriam sido realizados com armas Teaser, de uso oficial da Guarda Municipal. Segundo o adolescente também houve ameaça. “Falaram que iam matar nós [sic]. Falaram que iam arrastar nós de quebrado aí. Jogar nós dentro do rio.”

Também em entrevista à RPC, a mãe de um dos adolescentes reconheceu o erro do filho, mas disse acreditar em um excesso na ação dos guardas. “A gente acha que foi exagero da parte deles [guardas municipais], mas acontece que foi porque mereceu. Meu filho andou com quem não prestava. Não é bom ver [meu filho] apanhar, mas é bom para ver se toma jeito porque a gente bate em casa, mas não adianta. Eu não apoio este tipo de coisa errada”, ressaltou.

O secretário de Defesa Social, Rubens Guimarães, disse que as imagens já estão sendo analisadas pela Corregedoria e pela Promotoria da Infância e Juventude para que seja verificada a situação e as possíveis punições aos envolvidos.

A Corregedoria tem 90 dias para concluir o inquérito. Até lá, os guardas municipais continuam a receber seus salários normalmente já que vão trabalhar na parte administrativa do órgão. Os acusados poderão ser afastados e até expulsos da corporação. Na manhã desta quarta-feira (22), a promotora Suzana de Lacerda se reuniu com o secretário de Defesa Social para discutir as investigações e providências.

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