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Um dia após um tiroteio assustar atletas no início da corrida "Desafio da Paz", na Vila Cruzeiro, na Penha, e no morro do Alemão, na zona norte do Rio, a coordenação da Polícia Pacificadora afirmou que os conjuntos de favelas ganharam reforço de 30% no efetivo de policiais militares hoje.

Até o meio-dia, não havia informações de novos confrontos na região. O reforço é formado por policiais de outras UPPs da cidade. PMs do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Choque e Batalhão com Cães fazem operações pontuais nos complexos de favelas.

A Polícia Civil afirma que já identificou suspeitos de participarem do tiroteio. Os nomes deles não foram divulgados. Até o fim da manhã, não havia registro de presos ou apreensões. Desde janeiro, policiais da 22ª DP (Penha) prenderam 12 traficantes que agiam no Complexo da Penha.

Na manhã hoje, o clima era de aparente tranquilidade na Vila Cruzeiro e no Alemão. Escolas e comércios funcionam normalmente.

O tiroteio aconteceu na manhã de ontem, enquanto atletas se preparavam para o início da corrida "Desafio da Paz". O confronto, que não deixou vítimas, fez o governo determinar a abertura de uma investigação na tentativa de sufocar "resquícios do tráfico" na região, segundo o secretário José Mariano Beltrame (Segurança Pública).

Prevista para as 8h, a largada só aconteceu por volta das 9h. Enquanto os inscritos se preparavam para a prova, era possível ouvir disparos em um local próximo ao ponto de partida da corrida, às 7h40.

"Fiquei muito assustada quando ouvi o barulho de tiros. Vi os policiais correndo e as pessoas se abaixando", afirmou Roberta Ribeiro.

Por volta das 8h50, houve outro tiroteio. Dessa vez, próximo ao ponto de chegada.Para Beltrame, que esteve pela manhã no local da corrida, a "ação foi totalmente irresponsável e criminosa, oriunda de resquícios de uma facção que reinou absoluta aqui durante décadas".

Desde julho de 2012, foram instaladas bases de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no Alemão e na Vila Cruzeiro."Mesmo que enfraquecido, esse grupo [criminoso] ainda tem algumas pessoas que acham que vão afastar a polícia daqui. Isso não vai acontecer", afirmou Beltrame.

O secretário disse que há "um trabalho de inteligência" no Alemão e, após a investigação, será determinado se há necessidade de reforço no policiamento com mais homens alocados no complexo.

Beltrame chegou ao local às 9h, logo depois do tiroteio. Ele disse que haverá uma reunião com "outros representantes do poder público" para definir a estratégia dessa investigação.

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