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Curitiba – A lista dos 102.748 aposentados e pensionistas do INSS que podem ter o benefício bloqueado, publicada ontem, causou muita dor de cabeça e dúvidas para a aposentada Helena Schner, 83 anos. Ela levou um susto ontem ao verificar que seu nome consta da lista de beneficiários do INSS que terão sua aposentadoria suspensa por falta de recadastramento no Censo Previdenciário realizado neste ano. Ela realizou o cadastramento em julho, e, mesmo assim, aparecia na lista divulgada pelo comitê que coordena o censo. De acordo com o INSS, a falha pode ter sido no banco que realizou o cadastro. Já o banco afirma que todos os procedimentos foram realizados.

O medo de perder o benefício, com o qual paga os remédios que precisa tomar para estabilizar a pressão e o inchaço do coração, fizeram a aposentada tirar o filho, Lauro Schner, do serviço para levá-la ao banco, onde deve ser realizado o cadastramento. Ao chegar na agência do Banco do Brasil, no Alto da XV, em Curitiba, foi informada pelo departamento jurídico de que os dados cadastrais estavam em dia e que o benefício seria mantido. Junto com o filho, Helena foi à agência do INSS que fica na esquina das ruas João Negrão e XV de Novembro. Lá, recebeu a notícia de que o erro na listagem de suspensão seria do departamento em Brasília.

Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o chefe da agência do INSS, Alvirmar Costa, confirmou que o benefício da aposentada ainda estava ativo no sistema. De acordo com o comitê responsável pelo Censo Previdenciário, em Brasília, constam em aberto os dados cadastrais de Helena no Dataprev. "No nosso sistema não consta que ela tenha feito o censo", afirmou a funcionária do INSS, Rosa Fernandes. De acordo com ela, isso significa que o banco não repassou os dados para o cadastramento. Segundo um dos funcionários do departamento jurídico da agência do Banco do Brasil, o cadastramento de Helena já tinha sido realizado.

Helena voltou para casa sem saber se vai receber a aposentadoria no início do próximo mês.

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