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A APP-Sindicato e dois professores de Foz do Iguaçu, Oeste do estado, disseram na quarta-feira (29) que pretendem processar o secretário estadual da Educação, Mauricio Requião, e a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) da cidade, Dulce Zinn. Os professores ficaram feridos durante um tumulto no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, na terça-feira (28).

A decisão deve-se ao suposto abuso da força, segundo os docentes, imposta durante a ação da Polícia Militar para garantir a continuidade das aulas na escola, suspensas desde a semana passada. Os dois professores foram presos e quatro alunos ficaram feridos no tumulto.

Com radiografias e laudo médico nas mãos, o professor Luiz Carlos de Freitas, afirmou ter sofrido lesão em pelo menos duas costelas, além de escoriações no rosto e no pescoço. A APP disse que as ações serão impetradas também em grupo, não apenas contra o Estado, mas também contra professores contrários ao movimento. Conforme a presidente do sindicato em Foz do Iguaçu, Tanea Maria Costa de Jesus, os alunos foram instigados a irem na escola sabendo que não haveria aulas.

Os docentes detidos apóiam os protestos que têm ocorrido há cerca de uma semana no colégio. A manifestação é contraria à transferência de três professores e uma diretora. Em 2006, os quatro, dentre eles, Freitas, denunciaram atos de corrupção praticados pela antiga diretora da escola, posteriormente comprovados pela Secretaria Estadual de Educação (SEED). Segundo a APP, eles foram transferidos em represália às denúncias feitas à imprensa. Os quatro alunos feridos no tumulto também prestaram depoimento à Polícia Civil e fizeram exames corporais para comprovar as lesões.

Sobre a intenção dos professores em ingressar na Justiça, a assessoria de imprensa da SEED disse que é um direito de quem se sente prejudicado, mas reiterou que os professores provocaram os policiais militares. O mesmo comportamento, de acordo com a assessoria, teria sido observado durante o andamento do inquérito administrativo disciplinar aberto após as denúncias, que culminaram com a demissão da diretora acusada.

Alunos sem aulas

Na quarta-feira (29), o Colégio Barão do Rio Branco continuou com as aulas suspensas, mas não houve tumulto. Segundo o NRE, muitos pais teriam ficado receosos em deixar os filhos irem para a escola. Na terça-feira (28), o Estado entrou com uma ação civil pública para garantir a normalidade das aulas.

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