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A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) resolveu não suspender uma vigília de 48 horas definida em assembléia estadual, apesar da expectativa positiva sobre uma reunião com o governo estadual para um entendimento sobre a equiparação salarial e o plano de cargos e salários para funcionários de escolas, reivindicações da categoria. A mobilização está prevista para começar às 13 horas de hoje e encerrar no mesmo horário de 1.º de junho, data-base de reajuste dos funcionários públicos do Paraná.

"Queremos que neste dia o governo anuncie a equiparação dos salários dos professores com as demais categorias do serviço público e também o plano de carreira", diz o presidente da APP, professor José Lemos. Segundo ele, a vigília terá representantes de todos os sindicatos do serviço público, sendo 61% deles servidores da Educação no estado. Ainda de acordo com Lemos, cerca de cinco representantes de cada um dos 29 núcleos da APP no interior do estado devem estar mobilizados em Curitiba a partir de hoje.

O governo abriu o canal de negociação depois que a votação dos projetos de lei que instituiriam as duas propostas foi adiada, semana passada, na Assembléia Legislativa. O adiamento, por sete sessões, foi solicitado pelo autor das propostas, deputado André Vargas (PT), depois de um entendimento com a base governista. "Esta reunião harmoniza a relação do sindicato com o executivo e cria um diálogo franco para podermos dizer o que é ou não possível", disse na semana passada o chefe da Casa Civil, Rafael Iatau-ro, que representa o governo e coordena as negociações.

De acordo com a proposta da APP, a equiparação provocaria um reajuste de cerca de 57% para os docentes. Segundo a entidade, um professor com jornada de 40 horas semanais começa ganhando R$ 1.030, enquanto um agente profissional tem salário inicial de R$ 2.088.

A secretária de Estado da Administração, Maria Marta Lunardon, defendia semana passada que o reajuste precisava ser estudado por causa do impacto nos gastos com os salários da educação, cuja folha de pagamento é a maior entre os servidores estaduais. A folha da Secretaria de Estado da Educação teve um crescimento de 52,96% entre novembro de 2002 e junho de 2005. Em boa parte, esse acréscimo deve-se ao aumento real concedido aos professores, numa média de 33% em 2004. Segundo o governo, com o plano de cargos e salários, o aumento salarial dos professores variou entre 61% e 102%.

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