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Aos 16 anos, A.H. passeava de carro com o namorado quando os dois começaram a discutir e ela bateu a cabeça contra o para-brisas. Dessa cena até o despertar no hospital, após uma cirurgia de emergência, A. não recorda nada. Soube, por meio de exames de corpo de delito, que foi esfaqueada e violentada sexualmente enquanto estava desacordada. Sobreviveu porque vizinhos a socorreram.

O episódio de abuso marcou profundamente a adolescente que, além do medo carregou por quatro anos uma grande cicatriz no abdome. Ela soube do projeto de Flavia pelo Facebook e decidiu aceitar a ajuda. Agora, no lugar dos vergões e queloides, o que se vê são pássaros, flores e borboletas. O efeito foi imediato.

“Sempre que me olhava no espelho ou experimentava uma roupa nova, tudo o que aconteceu comigo vinha à tona. Agora é diferente, quero mostrar a barriga para todo mundo, me sinto realizada, mais bonita e forte”, conta.

Aos 20 anos, A.H. considera as marcas da violência que sofreu e a tatuagem redentora um aprendizado para a vida toda – sobre relacionamentos abusivos, feminismo e sororidade (relação de apoio e união entre mulheres).

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