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O professor de Matemática Fabiano Manoel de Andrade vive um dilema. Aprovado em setembro do ano passado no concurso para professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ele entregou todos os documentos no mês de março e, desde então, ouve a notícia de que a nomeação, que representará o início do trabalho em sala de aula, ocorrerá nos próximos dias. Como no mês que vem o concurso completará um ano, ele teme que o processo perca a validade.

Assim como Andrade, cerca de 300 professores aprovados em concursos realizados no ano passado, nas instituições estaduais, passam pela mesma situação. Conforme o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo José Lübke, a partir da criação da Lei Estadual n.º16.555, que ampliou o número de cargos, será feita a nomeação dos docentes que ainda não foram chamados. Algumas instituições já estavam impedidas de contratar novos educadores porque não havia embasamento legal, como a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), que ganhou o maior número de vagas (217) com a nova lei.

O impasse está sendo resolvido pelos departamentos das mais diferentes áreas de conhecimento das instituições. "Pelo que eu sei, tem professores sendo colocados no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) e deixando a graduação vazia", comenta a presidente do sindicato dos docentes da UEPG, Cíntia Xavier. "Para não deixar o aluno sem aula, os departamentos estão dando um jeito, muitas vezes juntando duas turmas para a mesma aula", acrescenta o presidente do sindicato dos professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Sinival Osório Pipaguari.

Para o professor Andrade, a demora é uma angústia. "Estou desempregado desde junho, quando acabou meu contrato. Eu moro em Piraquara com a minha esposa e a minha filha de três anos e preciso me programar para me mudar para Ponta Grossa quando me chamarem", comenta. (MGS)

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