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Em clima de forte disputa, a seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elegeu ontem o seu novo presidente, conselheiros estaduais, federais, a nova diretoria em 47 subseções e a direção da Caixa de Assistência dos Advogados para o triênio 2007 a 2009. O resultado parcial aponta a vitória da chapa da situação, XI de Agosto, de Alberto de Paula Machado, que recebeu 49,9% dos votos, contra 31,9% da OAB Democrática e 18,2% da OAB de Verdade, de um total de 17.111 votos totalizados.

O resultado final só sai hoje, com a totalização da apuração de Londrina, Campo Largo, Cornélio Procópio, Goioerê, Toledo e Umuarama. O Paraná tem cerca de 27 mil advogados ativos, mas só tinha direito a voto quem estivesse em dia com a anuidade. A chapa XI de Agosto venceu a eleição em Curitiba e na maioria das 47 subseções existentes no estado. Nas subseções, a OAB de Verdade venceu na Lapa e a OAB Democrática ganhou pelo menos em Loanda, Francisco Beltrão, Guaíra e Laranjeiras do Sul.

Cumprimentos

Apesar do resultado ainda não oficial, Alberto Machado recebeu ontem mesmo os parabéns dos adversários Marlus Arns de Oliveira, da OAB Democrática, e Elias Mattar Assad, da OAB de Verdade. Ambos reconheceram a derrota, mesmo que a totalização termine hoje e a proclamação dos eleitos esteja prevista para o início de dezembro, em razão de discussões remanescentes sobre fatos da campanha eleitoral em análise pela comissão eleitoral.

Durante a eleição mais disputada dos últimos sete anos, o dia da votação foi marcado por boca-de-urna, bandeiras, adesivos e muito corpo-a-corpo realizado no Parque Barigüi. Os candidatos ficaram na porta do Pavilhão de Exposições, pedindo votos. A disputa foi tão acirrada que o jurista René Ariel Dotti passou o dia fazendo boca-de-urna para a chapa XI de Agosto. Dentro do pavilhão, cabos eleitorais estavam atentos para cada advogado que se dirigia aos locais de votação.

Segundo o presidente eleito Alberto Machado, o clima quente da eleição já é coisa do passado. "A disputa não divide a OAB daqui para frente. A partir de agora não há mais adversários, mas ex-adversários." Ele avaliou a disputa como positiva, dizendo que ela serviu para a reflexão das propostas.

Machado ficou impressionado com o entusiasmo de seus companheiros, entre eles advogados veteranos e consagrados. "Quem ganha com esse clima é a própria OAB, na medida em que os advogados passam a discutir as propostas. Fiquei muito satisfeito. O processo transcorreu com absoluta tranqüilidade, não tivemos incidentes", disse.

O segundo grupo mais votado na eleição, a chapa OAB Democrática, avaliou que a derrota eleitoral foi uma vitória política. Segundo Marlus de Oliveira, a luta dos jovens advogados que o seguem continua. "Eu já liguei para o candidato da XI e dei parabéns, desejando a ele boa sorte na sua gestão. As pessoas estão muito felizes porque foi uma derrota eleitoral, mas uma vitória política. O grupo vai avaliar que posição vai tomar agora", disse. Ele lembrou ainda que o novo presidente, com mandato a partir de 1.º de janeiro, vai dialogar com a oposição e pode até encampar algumas idéias.

Já Elias Assad, da OAB de Verdade, aceitou com naturalidade o resultado. "Fiz exatamente a campanha dentro do regulamento. Fui muito comedido, ético, dentro de propostas e sem demagogia. Por isso a própria situação me deu os parabéns. Já apertei a mão do Alberto e ele me abraçou. Acabou qualquer diferença e peço a Deus que ele faça uma excelente gestão", afirmou.

Segundo o advogado Carlos Fernando Correa de Castro, presidente da comissão eleitoral, a eleição foi normal na capital e no interior, apesar do clima que antecedeu a votação. A votação teve fila por volta das 16 horas na urna que recebia votos manuais – usada por advogados novos, retardatários e aqueles que colocaram em dia a anuidade em atraso.

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