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Entenda o caso |
Entenda o caso| Foto:

Entre o terreno da obra do condomínio Garden Odessa, da construtora Vanguard Home, e a Rua Ladislau Schultz, no bairro Or­­leans, há uma área de 1,2 mil metros quadrados, com 32 araucárias, pertencente à prefeitura de Curitiba. Na semana passada, a construtora ganhou uma liminar contra a administração municipal para derrubar um portão instalado pelos moradores da rua como medida de segurança.A Vanguard alega que o portão impede a passagem de caminhões até os fundos do terreno do condomínio, o que estaria atrasando a obra. Na terça-feira, a Secretaria Municipal de Ur­­banismo (SMU) foi até a rua para cumprir a liminar, mas foi impedida pela Polícia Militar, acionada pelos moradores, por falta de um documento.

No mesmo dia, o Centro de Apoio Operacional das Promo­torias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público (MP) do Paraná enviou um ofício à Secretaria de Municipal de Meio Ambiente (SMMA) pedindo a proteção das 32 araucárias existentes no fim da Ladislau Schultz e informações sobre a vegetação existente na área. O trecho necessário para a passagem da construtora tem 12 metros e mais de 10 pinheiros que teriam de ser retirados para o acesso. A área da prefeitura foi doada pelos casais Ernani e Rozinha Schultz e Fernando e Amélia Schultz em 2004.

Ontem pela manhã, a construtora esteve no local com uma retroescavadeira para abrir a passagem até o terreno, mas foi impedida pelos moradores. "Nós acionamos a Força Verde e também comunicamos o MP do ocorrido", diz o presidente da associação de moradores da Rua Eron Prado. De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização da SMU, José Luiz Filippetto, a área da prefeitura não pode ser usada como passagem. Mas, segundo a SMMA, por não ser considerada uma unidade de preservação ambiental oficial, a área deve ser protegida pelos moradores, que devem denunciar qualquer tentativa de abertura de passagem ou corte de árvore.

Segundo Filippetto, para ter acesso ao terreno do Garden Odessa, a construtora teria de entrar em acordo com algum morador da Ladislau Schultz que permitisse a passagem pelo seu terreno. Os moradores dizem que alguns acordos já foram tentados, mas não querem a passagem dos caminhões da construtora pela rua. Tanto que moveram uma ação contra a Vanguard e a prefeitura, que terá a primeira audiência de conciliação hoje, às 10 horas. "A passagem deles [construtora] por aqui vai acabar com a nossa rua e a prefeitura não se responsabiliza por nenhum dano", diz uma das moradoras Valéria Sobiech. A reportagem não conseguiu contato com o advogado da construtora, Luiz Roberto Romano.

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