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Policiais militares do Pelotão de Choque desocupam área de 140 mil metros quadrados em Cascavel | Paulo Godoi
Policiais militares do Pelotão de Choque desocupam área de 140 mil metros quadrados em Cascavel| Foto: Paulo Godoi

CASCAVEL - Um grupo de 20 famílias cadastradas no Minha Casa, Minha Vida ocupou na noite de segunda-feira uma área pública de 140 mil metros quadrados destinada ao programa habitacional do governo federal, em Cascavel. Só no fim da tarde de ontem, o Pelotão de Choque da PM retirou o grupo. Não houve resistência: as próprias famílias desmontaram os barracos.

A saída aconteceu após a Justiça do Paraná conceder liminar a um interdito proibitório – recurso judicial que impede ocupações – impetrado pela prefeitura de Cascavel. A decisão judicial determinava também multa diária de R$ 100 por pessoa, caso os invasores não deixassem o local.

Como já havia ameaça de ocupação, a Procuradoria Jurídica da prefeitura entrou com a ação antes mesmo de as famílias entrarem na área. O movimento foi liderado por José Luiz de Oliveira, que se identifica como "porta-voz das famílias sem moradias". No início da tarde, antes da desocupação, havia 20 barracos construídos e outros em construção.

Oliveira, no entanto, disse que não se tratava de uma invasão. Segundo ele, as famílias entraram no local para "guardar" a área depois de uma ameaça de invasão por parte de outro grupo.

Na tarde de segunda-feira, o prefeito Edgar Bueno (PDT) convocou reunião com moradores do bairro Paulo Godoy, onde fica a área, e informou que a invasão pretendida por eles poderia prejudicar o andamento do projeto habitacional.

"Aquele terreno está destinado à construção de 350 casas", dioz o prefeito. "Para conseguir uma casa lá é necessário fazer o cadastro e aguardar a aprovação. Se houver invasão no local, o projeto naquela região pode ser prejudicado."

Os moradores ignoraram a sugestão do prefeito e começaram a montar os barracos por volta das 22 horas. Bueno classificou a invasão de "abuso" e disse que a ação é reflexo da impunidade.

Fila

Em Cascavel, mais de 11 mil pessoas estão cadastradas no programa, que prevê a construção de 4 mil casas na cidade nos próximos anos.

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