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Foz do Iguaçu – Taxistas e comerciantes argentinos fecharam ontem por volta das 10 horas a Ponte Tancredo Neves, na fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu. Eles estão indignados com o aumento da gasolina para estrangeiros e a cobrança de um taxa de migração no valor de 5 pesos (R$ 4) na saída do país vizinho. Segundo a Câmara de Comércio de Puerto Iguazú, o movimento de brasileiros na cidade caiu 80% desde o anúncio das medidas adotadas pelo governo argentino.

O protesto foi desencadeado em quatro fronteiras do Brasil e Argentina, incluindo a de Bernardo de Irigoyen e Barracão. Entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, cerca de 50 manifestantes estacionaram táxis, motos e vans para impedir a passagem de veículos.

Segundo o presidente da Câmara de Comércio de Puerto Iguazú, Arsênio Prituluk, a manifestação será mantida até que o governo anule o aumento da gasolina, que subiu de R$ 1,39 para R$ 1,82 na última quinta-feira, e a cobrança da taxa, por enquanto isenta para moradores de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. "É uma vergonha subir a gasolina só para brasileiros e paraguaios", diz. Segundo Prituluk, a gasolina havia se tornado um atrativo para os moradores de Foz irem a Puerto Iguazú fazer compras e freqüentar restaurantes, movimentando o comércio da cidade, que estava em baixa. Os lojistas da cidade de 28 mil habitantes também fecharam as portas para apoiar a manifestação.

Durante o protesto, a ponte ficou livre somente para turistas que haviam agendado vôos e viagens de ônibus e se dispuseram a cruzar a fronteira a pé. Mesmo assim, alguns perderam o horário, e outros foram obrigados a ficar até quatro horas parados na ponte, aguardando a liberação.

Ainda ontem, o presidente da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, Carlos Budel, e o vereador Valentin Gustavo da Silva participaram em Uruguaiana (RS) de uma audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar do Mercosul, da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e pela Câmara de Vereadores de Uruguaiana. Durante a audiência foi aprovada a Carta de Uruguaiana, que será entregue ao Ministério das Relações Exteriores com as reivindicações das comunidades fronteiriças em relação à falta de tratamento igualitário dispensado no Mercosul, em especial pela Argentina.

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