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O coordenador do comitê de combate à dengue da Univer­­sidade Estadual de Londrina (UEL), José Lopes, não acredita que apenas mutirões de combate à dengue vão fazer com que as notificações da doença diminuam na cidade. "O que estamos vendo é resultado da falta de ação preventiva. Agora temos que acabar com o mosquito adulto", diz.

Professor do Departamento de Biologia Animal e Vegetal da instituição, o biólogo defende uma nova forma de exterminar o mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus. De acordo com ele, a aplicação de veneno (fumacê) e a eliminação de recipientes com água parada das residências são medidas que têm um alcance limitado. "Isso espanta os mosquitos, que vão para os criadores escondidos", diz.

A ideia do professor é unir a maneira tradicional de combater o mosquito com técnicas de atração da fêmea do Aedes aegypti, que se reproduz a cada três dias. Na campanha de limpeza que desenvolve no câmpus da UEL, Lopes distribuiu 280 armadilhas – um vaso de plástico preto, com água e um pedaço de madeira dentro – e consegue destruir 3 mil ovos por semana.

A estimativa é que em dez anos a espécie seja exterminada. A proposta do biólogo encontra respaldo em estudos semelhantes que estão sendo realizados no Ceará, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. "É importante lembrar que a técnica exige um centro de coordenação e controle e que as ações de prevenção não devem ser esquecidas", afirma.

Visita

O coordenador do Programa Nacional de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, deve vir a Londrina para revisar o plano de contingência dos governos municipal e estadual. A visita foi confirmada pela assessoria de imprensa do Minis­tério da Saúde. Ele será acompanhado por um técnico da Secre­ta­ria de Assistência em Saúde.

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