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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Dezessete armas pertencentes a delegacias subordinadas à Divisão de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), que era chefiada pelo delegado Rubens Recalcatti, foram entregues na noite de terça-feira (27) e manhã desta quarta-feira (28) ao Instituto de Criminalística (IC) para perícia de confronto balístico. O exame foi solicitado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e vai ser parte na investigação da morte de Ricardo Geffer, ocorrida em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Recalcatti, oito policiais civis e Mauro Sidnei do Rosário são investigados sob a suspeita de terem executado o homem, que era suspeito pela morte de João Dirceu Nazzari, ex-prefeito do município e primo do delegado.

Os investigados pela operação Aquiles, deflagrada pelo braço do Ministério Público há duas semanas, alegam que houve confronto com o suspeito e que a morte teria ocorrido, segundo eles, durante uma ação para prendê-lo.

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As armas entregues ao IC estavam de posse da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e a Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (Dedec), unidades vinculadas à DCCP, da qual Recalcatti foi chefe até a semana passada.

O exame de confronto balístico do IC poderá comprovar se os projéteis encontrados pela perícia no local da morte de Geffer saíram ou não das armas analisadas. No instituto, atualmente estão sendo periciadas outras 13 armas, apreendidas pelo Gaeco na operação; quatro projéteis e um estojo de bala deflagrada, localizados no local do crime; e outro estojo registrado no auto de apreensão pelos policiais, que estava com a Corregedoria da Polícia Civil. Também serão analisadas as duas armas que os policiais apreenderam na ação em Rio Branco do Sul e registraram como sendo do morto. Ao todo, ao fim da investigação, deverão ter sido analisadas 32 armas.

A perícia em todas elas acontecerá porque os suspeitos da execução de Geffer tinham acesso a outros modelos de armas, além das apreendidas com eles, descritas pelas testemunhas do caso e que podem estar nas unidades policiais. As testemunhas mencionaram em seus depoimentos que viram armas longas nas mãos dos policiais. Por isso, a maior parte das armas solicitadas são carabinas, entre outras longas, de calibre 38 e .40, que podem ter sido usadas naquele dia.

Evidências extraviadas

Na terça-feira, a Polícia Civil e o Gaeco confirmaram que outros cinco estojos de projéteis disparados, apreendidos pelos próprios policiais na ação policial que resultou na morte de Geffer, sumiram da Delegacia de Rio Branco do Sul. Segundo a polícia, a Corregedoria da instituição abriu um procedimento interno para apurar o sumiço e responsabilizar todos os envolvidos.

Em nota complementar, enviada no começo da noite de terça, a Polícia Civil disse ainda que considera grave o sumiço de estojos de munição do inquérito policial da delegacia e que “não vai medir esforços para descobrir as causas do sumiço destes estojos de projéteis e vai seguir atuando com rigor para o esclarecimento definitivo das circunstâncias da ação que levou a morte de Ricardo Geffer”.

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