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Depois do passeio de Arthur Virgílio no avião presidencial e da declaração do senador tucano sobre o "amadurecimento" de Lula, o Estado Maior doPSDB se reúne hoje em São Paulo para discutir o episódio e tentar evitar novos embaraços – pós-carona, o presidente já desancou Fernando Henrique duas vezes. Na pauta do encontro – ao qual deverão comparecer FH, Tasso Jereissati, Aécio Neves e José Serra –, a próxima saia-justa à vista: o convite para uma conversa no Planalto que Lula ameaça fazer a Tasso. Embora a inclinação seja aceitar, uma vez que o senador ocupa a presidência do partido, a idéia é pensar bem antes de mais um tucano ser jantado pelo petista.

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Sabático – Geraldo Alckmin resolveu passar alguns meses no exterior, a exemplo do que fez José Serra depois de perder a eleição presidencial de 2002. O ex-governador anda à procura de um curso ao qual se dedicar nesse período.

Ghost-writers – O papel com diretrizes para a coalizão, apresentado por Lula na reunião com Michel Temer, foi costurado na véspera a várias mãos, entre elas as do ministro Tarso Genro, do governador eleito Jaques Wagner e do deputado Geddel Vieira Lima. Deságio – Um deputado peemedebista explica a contrariedade do grupo do Senado com a reunião entre Lula e Temer: "Essa turma que chega agora, naturalmente, cobrará menos do que os que estão desde o começo com o governo. Assim, o preço final do PMDB tende a cair". Enviada especial – O fim de semana de Dilma Rousseff será dedicado à montagem do governo. Não de Lula, mas da Bahia. A chefe da Casa Civil desembarca amanhã à noite em Salvador para auxiliar seu ex-colega de ministério Jaques Wagner a desenhar o futuro secretariado estadual. Por fora – A ministra Marina Silva soube pelos jornais, ao desembarcar em São Paulo vinda do Quênia, da reunião na qual o governo discutiu o pacote para acelerar o licenciamento ambiental de obras de infra-estrutura. Na moita – Os dez deputados do PC do B votaram a favor da emenda do PFL que concedia reajuste de 16% aos aposentados, derrotada pelo restante da base aliada anteontem. Estranhamente, o encaminhamento de votação do partido do presidente da Casa, Aldo Rebelo (SP), foi omitido do placar da votação.

Jogral – Expedito Veloso e Oswaldo Bargas chegaram a se reunir a portas fechadas com o advogado da dupla ontem, nas dependências da CPI dos Sanguessugas. A oposição estrilou, e os governistas alegaram que tudo não passara de um "cochilo" da comissão. Faz-tudo – A nova versão da Petrobrás para as 15 ligações telefônicas entre Hamílton Lacerda e Wílson Santarosa, diretor da estatal, complicou a situação de Aloízio Mercadante na CPI. Ficou claro que o homem da mala do dossiê era um arrecadador de fundos da campanha do senador. Óleo na pista – Segundo a Petrobrás disse à CPI, os dois buscavam adesões para um jantar pró-Mercadante (PT), então candidato ao Bandeirantes. Antes, a empresa havia dito que Lacerda queria ingressos para a F-1, versão que não pegou, já que Santarosa não cuida da área. Na chuva – Os deputados acham que ficou claro nos depoimentos dos "aloprados" a estratégia de Veloso e Jorge Lorenzetti: jogar a responsabilidade sobre o dinheiro nas costas de Gedimar Passos. E têm esperança de que, isolado, ele abra o bico.

Calhamaço – Para cultivar o hábito da leitura, Cláudio Lembo (PFL) deu fim ao clipping de notícias do governo paulista. Os secretários agora encararam 18 jornais diários.

TIROTEIO

* Do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sobre os depoimentos dos petistas envolvidos no caso do dossiê à CPI dos Sanguessugas.

– O PT criou o mantra da mentira, só mudam os personagens: ninguém sabe do dinheiro, ninguém viu nada, e a culpa é da imprensa.

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