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Um arsenal de alto poder destrutivo e precisão foi encontrado ontem, na região de Londrina. O material – apreendido com a prisão de um homem e duas mulheres, que não tiveram seus nomes divulgados pela Polícia Federal (PF) – pertencia a um armeiro conhecido na cidade. Segundo a PF, ele contrabandeava armas e munições do Paraguai e abastecia grupos criminosos do Rio de Janeiro, onde entregava pessoalmente metralhadoras, fuzis e pistolas de vários calibres, entre outros armamentos.

Antes das prisões, os policiais acompanharam os passos dos três detidos por cerca de 30 horas. Para o flagrante, esperaram o homem e uma das mulheres deixar a chácara onde o material foi encontrado. "Devido ao arsenal de que dispunham e à habilidade dele (do preso), temia-se um confronto. Por isso, esperamos eles saírem da casa", explicou o delegado-chefe da Polícia Federal de Londrina, Élcio Fuscolin.

Na chácara em Cambé, por volta das 12 horas de ontem, os policiais encontraram várias armas, granadas e centenas de munições. Um dos produtos é uma metralhadora ponto 30, de fabricação tcheca, que fura material blindado e custa cerca de US$ 10 mil. No local funcionava uma oficina do homem preso, de 38 anos. Lá ele montava munições e reparava armas.

No fim da tarde, os policiais foram também até uma casa no centro de Londrina. No local encontraram mais três armas de alto poder destrutivo. Todas as armas apreendidas são de uso exclusivo ou restrito. Uma delas, um fuzil 556, é de uso do exército americano em guerras. Todas as munições também são de armas de alto poder. Entre elas há uma ponto 50, chamada "antiaéreo" porque é capaz de derrubar um helicóptero.

"Investigávamos esse grupo há seis meses, com ajuda da Divisão de Armas (da Polícia Federal de Brasília). Ele trazia o material do Paraguai e abastecia o crime organizado do Rio de Janeiro. Também entregava material em Londrina", afirmou o delegado. Além do armeiro, foram presas a mulher e a irmã dele. Os três serão julgados por tráfico internacional de armas e munição, conforme os artigos 18 e 19 do Estatuto do Desarmamento. As armas apreendidas ficarão à disposição da Justiça, podendo ser destinadas para a polícia brasileira ou destruídas. O delegado não soube informar o valor estimado do material apreendido.

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