O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, disse que os professores que atuam nos projetos desenvolvidos em parceria com o Dnit e com a Petrobras são selecionados a partir de critérios técnicos e que são aprovados pelo departamento a que são vinculados. O processo, assegura o reitor, é muito debatido em todas as instâncias da universidade.
“O departamento tem de apontar que aqueles são os experts no assunto. Isso é analisado. Não é uma ação entre amigos”, disse.
O coordenador de projetos do ITTI, Eduardo Ratton, alegou que, em geral, as bolsas correspondem a “valores muito ínfimos, nada exorbitantes”. “No meu caso, imagino que dê uma média de R$ 80 mil por ano. Não vejo problema nenhum nisso. Estamos dentro do que é permitido”, acrescentou.
Em relação ao fato de ter extrapolado o teto do funcionalismo, Ratton avalia que pode ter ocorrido um acúmulo eventual por conta de atrasos burocráticos. Ele disse que, se excedeu o limite, foi em ocasiões pontuais. “O que ocorre às vezes é que a própria fundação [de apoio] em vez de pagar em um mês, paga no outro. Isso pode ter ocorrido. Mas eu faço meu controle”, afirmou.
A professora Gilza Fernandez Blasi, disse que os benefícios acumulados excederam seu salário apenas em meses que a aplicação da resolução 17/11 da Coplad ainda estava sendo efetivada. “Essa resolução é de novembro de 2011. Então os projetos que estavam em vigor tiveram uma fase de adaptação”, apontou.
“Na época, teve muita discussão, porque a gente achou injusto [o estabelecimento de um limite] pelo tanto que a gente trabalha nesses projetos. Existe uma enorme produção, reconhecida pela qualidade do serviço (...). A bolsa é pequena, mas o trabalho é gratificante”, acrescentou.
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