As principais reclamações dos governistas sobre o texto do deputado Osmar Serragli

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Mensalão – Esta é a principal disputa do relatório. Os governistas negam a existência de mensalão. O PT afirma ser "eleitoreira e demagógica" a tentativa de vincular o caixa 2 com o suposto mensalão. Os parlamentares petistas afirmam que não há documentos e fatos que permitam a conclusão de que o PT tenha usado dinheiro para comprar o voto de parlamentares.

"Valerioduto" – Os petistas entendem que o texto de Serraglio é "contraditório e incoerente", porque não considera que o esquema de financiamento montado pelo empresário teve origem em 1997/98, na campanha da coligação PSDB-PFL – encabeçada pelo atual senador Eduardo Azeredo (PSDB) – ao governo de Minas. Segundo eles, o texto é incoerente ao aceitar como verdadeiros os empréstimos tomados para financiar a campanha do PSDB em Minas e considerar os empréstimos para o PT apenas uma simulação para esconder a origem dos recursos.

"Daniel Dantas" – Tradicional desafeto dos petistas, em especial do ex-ministro Luiz Gushiken, as empresas controladas pelo Grupo Opportunity teriam relações íntimas com o esquema de Marcos Valério. Para os petistas, o relatório é omisso ao não citar o banqueiro.

Como Serraglio se defende

"Mensalão" – Defende o mensalão. Analisa que os governistas estão equivocados ao querer transformá-lo em caixa 2, o que é, na opinião dele, pior para Lula. Admitir mesmo que seja apenas pagamentos atrasados de campanha durante o governo Lula não deixa de ser um meio para cooptar votos para as propostas governistas.

"Azeredo" – Ele diz que negar o indiciamento de Azeredo no seu relatório é um recurso de retórica. Ele frisa que citou sim o esquema de Azeredo, mas diz não acreditar que houve relação entre os fatos ocorridos entre 1998 e 2003.O que a oposição quer incluir

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) defende a sugestão do indiciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na opinião do senador, como Lula sabia do esquema de corrupção, prevaricou. Outra emenda do senador sugere ainda o indiciamento da direção da Caixa Econômica Federal (CEF) por improbidade administrativa.