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Funcionários e clientes da loja ficaram todo o tempo sob a vigia dos assaltantes | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Funcionários e clientes da loja ficaram todo o tempo sob a vigia dos assaltantes| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Tiroteio deixa quatro feridos

Um trio de assaltantes fez sete reféns durante um assalto a uma transportadora no bairro do Boqueirão, em Curitiba, na noite de ontem. Em menos de uma hora, todos foram libertados. Um refém, um policial e dois bandidos foram baleados, mas não correm risco de perder a vida, de acordo com informações da PM. Um dos bandidos estava em fuga às 21 horas de ontem.

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Três assaltantes mantiveram 11 pessoas como reféns durante assalto frustrado a uma loja de artigos infantis no início da tarde de ontem no bairro do Juvevê, em Curitiba. Um deles fugiu quando a polícia chegou e dois se entregaram após duas horas de negociação. Armado com revólveres, o grupo chegou à loja Baby Kids por volta das 12h30, surpreendeu os funcionários e trancou-os em dois banheiros. Em menos de 15 minutos, 40 policiais civis e militares já isolavam três quarteirões e faziam o cerco à loja. Três reféns foram libertados uma hora e meia depois. Às 15 horas, os demais saíram escoltados. Ninguém ficou ferido.

Do balcão do pet shop onde trabalha, Daiane Beltrame Zacarias viu os três entrarem na loja do outro lado da Rua Augusto Stresser, mas não imaginava tratar-se de assalto. Há sempre movimentação de clientes, e por ali nunca houve ocorrência do gênero. Ela soube da gravidade do caso quando o 20º Batalhão da PM bateu à porta pedindo a loja emprestada como base para as negociações com o grupo que mantinha reféns logo à frente. A vitrine do pet shop dá ampla visão para o segundo andar da Baby Kids, para onde foi levada parte dos reféns. A fachada envidraçada de ambas as lojas facilitou o contato visual entre policiais e assaltantes.

Do início ao fim do assalto, oito homens e três mulheres (todos funcionários ou prestadores de serviço da loja) serviram de escudo humano. A copeira Rosineide Maria de Almeida terminara de almoçar quando se deparou com três rapazes armados na cozinha. "Eles mandaram todos deitar no chão e pediram a chave do caixa", conta. A essa altura, vizinhos já haviam chamado a polícia pelo 190. Trancada num dos banheiros, Rosineide ouviu um disparo de revólver. Eram os assaltantes dando um aviso à polícia que estavam armados e com reféns, colocando alguns deles à vista na fachada de vidro do segundo andar.

O primeiro a chegar foi o 20º Batalhão, depois vieram ainda a Companhia de Choque, as Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e o Comando de Operações Especiais (COE), além do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e da Delegacia de Furtos e Roubos. Em 15 minutos foram isolados três quarteirões da Augusto Stresser, entre as ruas Almirante Tamandaré e Paraguaçu. Instalado no pet shop, o subcomandante da Choque, Luiz Marcelo Maziero, liderou as negociações por telefone. Os assaltantes pediram um advogado e a presença de uma rede de televisão no local.

Ao serem atendidos, três reféns foram soltos. Meia hora depois, jogaram as armas no chão em sinal de rendição. Minutos depois, estavam com as mãos na cabeça sendo revistados no estacionamento da Baby Kids. Foram presos Jessé Leonildo Galdino, de 21 anos, já com passagem na polícia por porte ilegal de armas, e Anderson Marques de Jesus, 23, também com ficha criminal, por roubo.

Dupla confusão

No momento da prisão, o jardineiro Miguel Batista, que prestava serviços à loja, foi confundido pela polícia e saiu algemado por engano. Desfeito o mal-entendido, a polícia pediu-lhe desculpas.

O bandido que fugiu, por sua vez, teria sido confundido pela polícia com um dos jardineiros, conforme contou o capitão Luiz Marcelo Maziero, do Batalhão de Choque.

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