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Conhecido internacionalmente por divulgar o funk brasileiro pelo mundo, o DJ Sany Pitbull escapou de um assalto após ser reconhecido pelos criminosos. Ele contou que foi abordado por dois homens em uma moto quando chegava em casa por volta das 6h deste domingo (10), em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio.

Segundo o DJ, a rua não estava muito movimentada no momento do crime. Uma idosa que estava num ponto de ônibus em frente à casa do músico se assustou e correu ao perceber a ação dos criminosos. Sany disse que os assaltantes pediram a carteira e o celular, mas desistiram do crime ao reconhecê-lo.

"Eu estava chegando em casa e parei para estacionar o meu carro, um Astra preto, quando eu fui rendido por dois bandidos na moto. Eles mandaram eu abaixar o vidro e me pediram a carteira e o celular. Mas o rapaz que estava dirigindo me reconheceu e disse ‘Ih mané é o Sany. Desculpa DJ, foi mal’, e saíram em seguida", contou o DJ.

Assaltante estava armado

Ainda de acordo com o DJ, o homem que estava na garupa da moto portava uma arma. O músico não viu para que direção os criminosos fugiram. Ele afirmou que estava voltando de um show que fez no Circo Voador, na Lapa, e que nunca tinha sido assaltado antes. Ele acredita que o assalto não foi premeditado.

"Não acho que eles sabiam que eu estaria ali naquele momento. Faz pouco tempo que eu troquei de carro, eu andava com um Voyage prata há oito anos, e troquei de carro. Eu acho que os dois estavam passando pelo local, viram o meu carro parado e aproveitaram a situação para cometer o crime", disse.

O DJ afirmou que não pretende registrar o caso na polícia. Segundo ele, os criminosos, que não estavam encapuzados, não levaram nada e só se aproveitaram da situação. Apesar do susto, o músico contou que o risco de ser assaltado faz parte de sua profissão: "Infelizmente nós somos obrigados a conviver com essa marginalidade. Não foi um crime premeditado e graças a Deus nada aconteceu comigo. Não tem porquê registrar".

Projeto social

Com mais de 20 anos nas picapes dos bailes e pioneiro na experimentação de sons, Sany contou, ainda, que está envolvido em vários projetos sociais. Um deles é o "Eu amo baile funk", que visa tirar os jovens da marginalidade através da música. Para o DJ, o funk presente comunidade pode ajudar a evitar situações como a que ele passou.

"Em parceria com grupos como o Afroreggae, eu tento justamente ajudar a tirar esses jovens da marginalidade. Isso tem que parar e eu posso fazer a minha parte. Eu estou envolvido em um processo desse e de repente me vejo numa situação onde sou mais uma vítima dessa marginalidade. Isso tem que mudar", completou.

Sany tem se diferenciado de outros produtores de funk por estar apostando na vertente instrumental do gênero, utilizando pouco, ou quase nenhum, vocal em suas músicas. Em vez disso, tem experimentado com sonoridades pouco comuns ao universo do funk, utilizando de barulhos de construção a gongos orientais em suas produções.

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