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Investigador é baleado na invasão à delegacia

O investigador da Polícia Civil Wilson Américo, 42 anos, foi baleado durante a ação da quadrilha em Ortigueira. Segundo o coronel Celso José Melo, comandante do policiamento do interior da Polícia Militar, Américo foi atingido no momento em que a quadrilha invadiu a delegacia.

O investigador foi socorrido e encaminhado à Clínica São Francisco, onde recebeu atendimento médico preliminar. Em seguida, o policial foi transferido para o Hospital Dr. Feitosa, na vizinha cidade de Telêmaco Borba. Um funcionário do setor administrativo do hospital informou que Américo foi atingido na região do abdome e que passou por uma cirurgia. "O estado dele é bom e já não corre risco de morte", informou. A auxiliar administrativa Cristiane, da delegacia de Ortigueira, diz que o policial reside na cidade, mas está lotado na 9.ª Subdivisão de Maringá.

Caçada

Na fuga, os assaltantes utilizaram quatro veículos: além da saveiro e do gol, um ford Fusion e a Nissan Frontier da Polícia Militar. Por volta das 17 horas, os policiais localizaram alguns dos veículos na zona rural de Ortigueira, rumo a Tamarana, na estrada da Briolândia.

Para o coronel Melo, que coordena a operação de cerco à quadrilha, a ação do grupo foi muito planejada e ousada. Por isso mesmo, a caça aos bandidos necessitou de uma grande força policial. Segundo Melo, o cerco está mobilizando 150 policiais e 30 viaturas dos batalhões de Apucarana e Londrina, com apoio de um helicóptero e um avião. Até o início da noite de ontem ninguém havia sido preso.

A polícia iria prosseguir com a operação durante o resto da noite de ontem e madrugada de hoje. "Acreditamos que eles estejam escondidos em alguma fazenda da região e não iremos dar trégua até localizar e prender toda a quadrilha", diz o coronel. (MB)

Apucarana – Uma quadrilha aterrorizou a cidade de Ortigueira, na Região Central do estado, ontem, ao protagonizar um dos assaltos mais espetaculares e ousados da história policial do Paraná. Segundo testemunhas, um grupo de oito a nove bandidos, armado com pistolas e escopetas, fez um assalto-arrastão, invadindo três agências bancárias da cidade: Banco do Brasil, Sicredi e Itaú.

De quebra rendeu toda a força policial do município e ainda fez de refém o prefeito Geraldo Magela. Toda a ação durou cerca de 30 minutos e os ladrões fugiram dando tiros para o alto. Imediatamente após a fuga, a polícia de toda a região iniciou uma perseguição à quadrilha que até o fim da noite de ontem ainda não havia acabado.

O grupo chegou por volta das 10 horas em dois carros: uma Saveiro e um Gol, ambos furtados no dia anterior em Apucarana e Londrina, respectivamente. Parte deles vestia fardas da Polícia Militar. Simultaneamente, eles renderam os policiais que estavam no destacamento da PM e os investigadores na delegacia da Polícia Civil.

O prefeito estava na sala do comandante do destacamento da PM, o cabo Davi Domingues, no momento em que todos foram rendidos no local. "Fui visitar o comandante recém-empossado e achei que fosse uma brincadeira, quando quatro soldados entraram na sala de armas nas mãos, anunciando que todos estavam presos", conta Magela.

Segundo ele, os assaltantes agrediram Domingues a coronhadas. "Eles disseram que eu seria a ´chave´ deles para entrar no banco e, a partir daí, constatei que se tratava de um assalto", relata o prefeito, que chegou a temer pela vida. Os PMs foram desarmados e colocados no camburão de uma caminhonete Nissan Frontier do próprio destacamento. Domingues e Magela foram levados no interior da viatura.

Na delegacia sete pessoas foram surpreendidas, entre elas, o investigador Torres Filho e a auxiliar administrativa Cristiane (ela não revelou o sobrenome). "Fomos trancados numa cela e a partir daí todos que iam chegando eram presos", conta Cristiane. Também ficaram presos um policial aposentado – identificado apenas como Guimarães –, o taxista Lauro Alves, João Sidnei Ribeiro e José Beduíno Souza, além do vereador Francisco Leônidas Carneiro. Os últimos quatro foram à delegacia para avisar a polícia que a agência do Correio estava sendo assaltada e acabaram presos por um integrante da quadrilha que permaneceu no local.

Nas agências bancárias, o prefeito foi usado como escudo pelos assaltantes. Os marginais também tomaram jóias, celulares e dinheiro de clientes e pessoas nas ruas, além de assaltar ainda uma casa lotérica, uma loja de celular, um posto de combustíveis e a agência dos Correios.

Consumado o arrastão, os ladrões fugiram por estradas rurais da região levando Magela e mais três PMs. "Fomos abandonados a cerca de dez quilômetros da cidade, 15 minutos depois de consumado o assalto", relata o prefeito. Até o início da noite de ontem, a polícia não sabia informar o montante roubado.

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