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A morte do agente penitenciário Luiz Cláudio Rodrigues, 34 anos, assassinado com um tiro na cabeça na madrugada de terça-feira, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (RMC), pode ter ligação com a suposta "lista da morte", montada por presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) para se livrar de funcionários que não facilitam a vida dos detentos ou não cedem a acordos dentro dos presídios do Paraná. "A lista existe", confirma a presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Paraná, Sandra Duarte. O governo do estado, no entanto, nega.

Segundo Sandra, o governo precisa ter consciência do perigo que essa lista representa para funcionários, em especial agentes penitenciários, e suas famílias. "O problema é que não sabemos se o estado nega para tranqüilizar a população ou se realmente ignora a realidade", diz a presidente. "Estamos preocupados com a segurança desses funcionários e não podemos aceitar coincidências como respostas. Queremos saber se o estado vai tomar providências. O PCC manda os recados e o governo sabe, mas continua negando", afirma Sandra. "Não há transparência nem debates sobre o assunto."

A suposta lista teria sido divulgada em 2001, após uma rebelião na Penitenciária Central do Estado. No início de 2006, presos teriam prometido uma morte por mês. Em março, o agente penitenciário Carlos Alberto de Castro, 48 anos, foi morto a tiros dentro de seu bar, em Pinhais, também na RMC. Em abril, o filho adolescente de um outro agente foi assassinado em casa, em Curitiba.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Segurança Pública disse que as mortes estão sendo investigadas e que não vai comentar sobre a suposta lista.

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