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A coordenadora da ONG EquoGymni, cujo corpo foi encontrado no domingo (25) em uma chácara na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estava morta há cerca de cinco dias. A informação é da Polícia Civil, que assumiu o caso e já aponta duas linhas de investigação: homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte).

Cláudia Maria Biguetti, de 47 anos, foi encontrada morta dentro da residência de uma chácara na localidade de Contenda, ao lado da BR-376, no município de São José dos Pinhais. A chácara pertence à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e servia de moradia para a coordenadora, que era responsável por um projeto de equoterapia – terapia praticada com cavalos – desenvolvido para crianças com deficiência.

De acordo com a assessoria de imprensa da UTFPR, o trabalho de Cláudia era feito em parceria com o departamento de Educação Física do campus Curitiba da instituição. Em nota, a universidade explicou que a coordenadora residia no espaço porque a execução do projeto – em prática desde julho deste ano – dependia que os animais ficassem abrigados no local.

Ainda segundo a universidade, o convênio firmado é resultado de um projeto de extensão com o objetivo de analisar o impacto da equoterapia nas condições de saúde e interações sociais de crianças com necessidades especiais. A chácara foi cedida pela UTFPR à ONG para que o projeto fosse desenvolvido. Por parte da organização, eram feitas as atividades de equoterapia, cuidados com animais, bem como manter em dia alimentação e vacinação. As pessoas participavam do projeto de forma gratuita, segundo a universidade. Não havia nenhum vínculo empregatício da coordenadora da ONG com a UTFPR.

Enterro

O corpo de Claudia foi enterrado na tarde desta segunda-feira (26), no cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, no bairro Tarumã, em Curitiba. Familiares e amigos próximos da coordenadora preferiram não falar com a reportagem devido ao momento de luto.

A Polícia Civil reforçou a informação da Guarda Municipal de São José dos Pinhais de que o corpo da vítima foi encontrado por mães de crianças que teriam atividade no domingo. Embora possa ser estimado que o assassinato ocorreu há aproximadamente cinco dias, ainda não é possível confirmar a data em que Cláudia foi morta por causa do avançado estágio de decomposição em que o corpo foi encontrado. Havia marcas de facadas, mas somente o laudo do Instituto Médico Legal (IML) poderá afirmar quantos golpes a atingiram.

Homem foi visto na residência

Vizinhos de Cláudia ouvidos pela Polícia Civil disseram que um homem foi visto na chácara nos últimos dias antes de ela ser encontrada morta. Roupas masculinas também foram encontradas no interior da casa, mas os investigadores ainda não sabem dizer a relação da vítima com esse homem, que, segundo a polícia, pode ser apenas alguém a quem a vítima teria cedido abrigo temporário.

Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, uma vez que o carro da coordenadora foi levado após o crime. A outra é de homicídio. Embora o carro tenha sido roubado, outros objetos de valor que estavam na casa não foram levados.

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