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Cascavel – Dos três presos transferidos anteontem para a penitenciária federal de Catanduvas, no Oeste do Paraná, dois estão envolvidos com o assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, ocorrido em Vila Velha, região metropolitana de Vitória (ES). Giliarde Ferreira de Souza e Odessi Martins da Silva Júnior, o Lombrigão, são acusados de pistolagem naquele estado. O terceiro preso, que cumpria pena no interior de São Paulo, pediu para ser transferido para o presídio federal para garantir a própria segurança. O nome é mantido em sigilo pelos órgãos de segurança.

A transferência ocorreu entre o final da tarde e o início da noite de quarta-feira. A operação mobilizou agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Polícia Federal (PF). Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe os presos de Bauru (SP) até o aeroporto de Cascavel, de onde seguiram escoltados por 50 quilômetros até Catanduvas.

Souza e Lombrigão foram condenados, respectivamente, a 24 anos e seis meses e 25 anos e oito meses de prisão pelo assassinato do juiz Alexandre Filho. Os criminosos cumpriam pena na Penitenciária II de Bauru.

Os dois foram condenados por homicídio qualificado, furto e formação de quadrilha. Eles haviam confessado o crime, mas alegavam que o juiz foi morto durante uma tentativa de assalto. Já a Promotoria sustentou a tese de assassinato premeditado, uma vez que a vítima fazia parte de um grupo que investigava o crime organizado no Espírito Santo.

Castro Filho foi morto a tiros no dia 24 de março de 2003 após estacionar o carro em frente a uma academia em Vila Velha. Ele foi baleado por ocupantes de uma moto. O juiz vinha sofrendo ameaças de morte. No dia do crime, porém, estava sem segurança. Outro juiz é acusado de mandar matar Castro Filho.

Ocupação

Com as transferências de quarta-feira, o presídio de Catanduvas conta agora com 93 presos de alta periculosidade, como o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar e José Reinaldo Girotti, o Alemão, considerado o principal financiador do Primeiro Comando da Capital (PCC). A penitenciária é a primeira das cinco unidades que farão parte do Sistema Penitenciário Federal, previsto em lei desde 1984 e implementado apenas neste ano.

A unidade foi inaugurada em 23 de junho, com capacidade para 208 presos de alta periculosidade em celas individuais. A penitenciária conta com equipamentos de segurança de última geração. As vagas em Catanduvas serão preenchidas à medida que os estados apresentarem a relação de presos ao Depen.

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