Marcha
O Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) organiza, nesta terça-feira, a partir das 9 horas, a Marcha da Educação. O ato é integrado à Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que acontece em todo o Brasil. De acordo com a entidade, em Curitiba, o evento começará na Praça Santos Andrade, no centro da capital, e deve reunir em torno de 20 mil professores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O Colégio Estadual Guilherme Pereira Neto, no Campo de Santana, em Curitiba, pode ser considerado um dos pontos fora da curva em plena greve dos professores públicos estaduais. Dos 61 docentes da instituição, apenas 11 foram favoráveis à paralisação. O restante continua trabalhando normalmente.
O diretor do colégio, Luiz Roberto de Paula, explica que a decisão foi democrática. "Fizemos uma reunião interna e a maioria optou em não apoiar a greve. Os que apoiaram estão fazendo a manifestação e não sofrerão, de minha parte, nenhuma retaliação", conta. Como não há todo o quadro de professores atuando, algumas turmas acabaram tendo as aulas canceladas. "Desde que começou a greve, cerca de 120 alunos deixaram de ter aula devido à ausência de professores", diz o diretor. No entanto, os outros 580 estudantes permanecem frequentando as salas de aula. "Quando a greve terminar, as aulas serão repostas", garante Luiz de Paula.
Assembleia
O fim da greve só será definido em Assembleia Geral da categoria, que será realizada hoje, a partir das 15h30, na Expo Unimed Curitiba. Ontem, os professores foram recebidos no fim da tarde por representantes do governo do estado, que entregaram novas propostas à categoria. Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Silva Leão, um dos pontos que mudaram foi o cronograma do pagamento das promoções pendentes de professores e funcionários da educação. Inicialmente o pagamento seria parcelado de maio até fevereiro. "Agora, o governo propôs quitar a dívida em três parcelas, nos meses de junho, agosto e novembro", afirma Leão. Segundo ele, o governo também se comprometeu a reestruturar o sistema de saúde dos servidores públicos.
Sobre a questão da hora-atividade, o governo já havia apresentado proposta de fixar um pagamento para compensação financeira pelo tempo de hora-extra não realizado pelos professores. A categoria cobra 33% de hora-atividade; hoje são 30%. O pagamento seria realizado de agosto a dezembro, com o compromisso da ampliação do tempo de hora-atividade a partir do início do próximo ano letivo.
Escolas
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, apenas 11,31% das escolas estaduais paralisaram totalmente as atividades ontem; outras 20% funcionaram normalmente; e 68% tiveram atendimento parcial. Já o APP-Sindicato estima que 80% das 2.149 escolas estaduais aderiram à greve.
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