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A greve na rede estadual de saúde, que já entrou em seu sétimo dia, continua pelo menos até esta quarta-feira (26). Está marcada para as 15h, em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, uma nova assembleia da categoria para decidir os rumos da paralisação. Pela manhã, às 8h, um ato dos servidores na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, deve pressionar o governo a convocar uma nova reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (Sindsaúde-PR). Nesta terça (25), a Secretaria Estadual da Saúde informou que não havia previsão de nova negociação.

Hoje [terça], representantes do sindicato saíram insatisfeitos de reunião com a secretária estadual da Administração e da Previdência (Seap), Dinorah Botto Portugal Nogara. A reclamação é de que o conteúdo do projeto de lei que prevê o Quadro Próprio dos servidores da saúde – estabelecendo parâmetros para a carreira dos servidores da saúde em separado do quadro geral do funcionalismo público estadual – ainda não foi apresentado aos sindicalistas. O projeto está em análise na Seap e a promessa do governo é de mandar para apreciação da Assembleia Legislativa do Paraná até o fim deste mês.

Para conter a insatisfação dos grevistas, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou, logo após a reunião de ontem, a abertura de um edital para contratar entre 1,5 mil e 2 mil servidores para a Secretaria Estadual da Saúde, ainda no primeiro semestre deste ano. O governo também prometeu regularizar o pagamento de diárias aos servidores da região metropolitana que precisam se deslocar até os hospitais de Curitiba e a não suspensão do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade.

Mesmo com o anúncio do governo, a categoria decidiu manter a greve por considerar que seriam apenas "promessas", sem compromisso formal de serem cumpridas. Eles dizem também não saber se foram incluídas no projeto do Quadro Próprio as principais reivindicações da categoria – a jornada de trabalho de 30 horas semanais, o cargo único para os trabalhadores e a incorporação de um dos adicionais dos servidores à folha de pagamento.

Adesão

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a adesão à greve é pequena (cerca de 300 servidores do quadro de aproximadamente 9 mil) e não compromete o atendimento em saúde. Nos hospitais da rede estadual, porém, funcionários que preferem não se identificar comentam que as consultas eletivas (que não são urgentes) são as mais prejudicadas e que alguns servidores são realocados para cumprir o trabalho dos faltosos.

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