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Alunos, professores e servidores do Instituto Federal do Paraná (IFPR), do câmpus Curitiba, vão realizar assembleias nesta quinta-feira (30) para decidir sobre a possibilidade de ocupar a reitoria, em protesto contra o processo eleitoral na instituição. Segundo professores, há um indicativo para a ocupação da reitoria, mas somente as assembleias poderão decidir os próximos passos. Os estudantes discordam da maneira como foi conduzido o processo eleitoral para a escolha do novo reitor da instituição. Desde a terça-feira (28), um grupo pleiteia uma reunião com a Comissão Eleitoral Geral, responsável pela eleição, sem sucesso.

O reitor substituto, Valdinei Henrique da Costa, se propôs a intermediar um encontro entre os estudantes, professores e técnicos administrativos da instituição com a Comissão Eleitoral. A reunião, que seria realizada às 9 h, não ocorreu porque nenhum membro da comissão compareceu. A administradora do câmpus Curitiba, Eliana Mesquita, conta que a informação repassada foi para que os manifestantes realizassem as reivindicações via e-mail. “Isso é um absurdo”, diz.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (Sindiedutec), Nilton Brandão, as assembleias vão definir os rumos das manifestações contrárias ao processo eleitoral. Ele reclama da falta de diálogo por parte da instituição sobre as eleições. “A Comissão Eleitoral sumiu. Eles jogam a responsabilidade do caso para o Conselho Superior, que joga a responsabilidade para o reitor”, diz.

A assembleia dos professores e servidores está marcada para as 9 horas desta quinta-feira, na reitoria da instituição. Uma assembleia dos estudantes ocorrerá às 14 horas, mas, segundo professores, há uma conversa com os alunos para que a avaliação da situação do IFPR seja feita em conjunto entre todas as categorias.

Protesto

Professores e alunos organizaram um protesto em frente à reitoria do IFPR na terça-feira (28). Cerca de 100 pessoas estiveram no local. Um grupo foi recebido pelo reitor substituto, que se comprometeu a articular uma nova reunião na quarta-feira, que não ocorreu. Cerca de 40 pessoas estiveram lá nesta manhã.

Os alunos se mobilizaram para organizar uma assembleia e decidir se ocupam o espaço ou não. Já professores e técnicos administrativos optaram por realizar uma grande assembleia na quinta-feira (30).

Paralisação

Professores e técnicos administrativos do câmpus Curitiba do Instituto Federal do Paraná (IFPR) decidiram paralisar as atividades a partir da terça-feira (28). A greve foi deliberada em assembleias comunitárias realizadas na semana passada em função de supostas irregularidades no processo eleitoral para escolha de reitor e diretor. Com isso, cerca de três mil estudantes ficarão sem aulas por tempo indeterminado, até que o processo eleitoral seja reavaliado.

O Sindiedutec, entidade que representa os servidores, acusa o Conselho Superior do IFPR (Consup) e a Comissão Central de favorecerem o candidato da situação, Ezequiel Westphal, que assumiu a reitoria quando do afastamento de Irineu Colombo, em março deste ano. A Justiça Federal suspendeu o mandato de Colombo por entender que havia sido prorrogado indevidamente e era ilegal desde 1.° de maio de 2014. De acordo com o Sindiedutec, o processo eleitoral deveria ter sido convocado ainda no ano passado.

Irregularidades

Entre as irregularidades apontadas pelos manifestantes, está o período fixado para campanha dos candidatos, de apenas nove dias. Professores e estudantes alegam que o prazo é inviável para a realização dos debates necessários com a participação de todos os servidores (cerca de 1,5 mil) e estudantes distribuídos em 25 municípios.

Estudantes, docentes e técnicos administrativos votaram, por unanimidade, a anulação da resolução eleitoral proposta pelo Consup e aprovada pela Comissão Central. Além da paralisação das atividades, o sindicato pretende acionar a justiça para suspender o processo eleitoral frente as irregularidades apontadas.

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