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Penas

A quantidade de dinossauros com penas era muito maior do que se acreditava. Fósseis de 150 milhões de anos, encontrados na Sibéria, indicam que os ancestrais das nossas aves eram bastante comuns e que a presença de penas pode remontar aos dinossauros mais antigos. O recém-descoberto Kulindadromeus zabaikalicus, era herbívoro e tinha tanto penas quanto escamas. A descoberta, então, é a de que os mecanismos para a transformação de escamas em penas estava presente já nos primeiros dinossauros.

Os dinossauros descansam à beira de um lago de um planeta saudável e colorido, mas eis que chega um asteroide e acaba com a bonança. É assim que a gente imagina. Mas agora o pesquisador Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, diz que o asteroide foi apenas um tiro de misericórdia – a Terra já vivia tempos de dinos magros.

De acordo com Brusatte, é provável que, há 66 milhões de anos, os animais estivessem debilitados com o aumento do nível dos oceanos e com uma intensa atividade vulcânica onde hoje fica a Índia, o que teria ocasionado chuva ácida. Um punhado de milhões de anos antes ou depois, e os dinossauros poderiam ter sobrevivido, e nós não estaríamos aqui para falar deles. Em suma, a extinção em massa, que pôs fim ao período Cretáceo e à Era Mesozoica, teria sido o resultado bastante azarado de uma série de eventos.

Além de Brusatte, participaram do estudo outros dez especialistas de Grã-Bretanha, Estados Unidos e Canadá. Os pesquisadores não negam que a extinção foi abrupta, mas revelam que alguns herbívoros da América do Norte já estavam em declínio pouco antes do asteroide acertar a Península de Yucatán, abrindo uma cratera de mais de 180 km de diâmetro em solo hoje mexicano. O impacto causou tsunâmis violentos e ergueu tantos detritos que o Sol permaneceu escondido atrás da poeira por tempo o bastante para matar as plantas.

Sem alimento, foram desaparecendo os herbívoros, que por sua vez eram a dieta dos carnívoros. Entre os sobreviventes desse efeito cascata estão os mamíferos e as espécies avianas de dinossauros, que acabariam evoluindo para as aves que conhecemos hoje. Apesar do estado de "vulnerabilidade" dos dinossauros no momento do impacto, os pesquisadores não encontraram dados indicando que havia uma queda estável e de longo prazo das espécies. Isolado, nenhum dos fatores – vulcões, nível dos oceanos e asteroide – teria dado conta de acabar com a bicharada. O problema é que eles vieram todos juntos. Os dinos rondaram a Terra por 160 milhões de anos, com mais de mil espécies. O novo estudo foi publicado na revista Biological Reviews.

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