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Naisser mostra o relógio marcando 15h10, enquanto que no da rodoviária são quase 17 h: equipamentos velhos não foram trocados. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Naisser mostra o relógio marcando 15h10, enquanto que no da rodoviária são quase 17 h: equipamentos velhos não foram trocados.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A teoria da relatividade do tempo formulada pelo físico alemão Albert Einstein aplica-se bem aos ponteiros desacertados dos relógios da Estação Rodoferroviária de Curitiba. Os vinte equipamentos instalados nas plataformas do terminal não conseguem entrar em acordo. Dependendo de qual relógio você consultar, podem ser 8h35, 4h55, ou qualquer outro horário maluco, quando na verdade eram 16 horas. Na área de embarque e desembarque, o único relógio acertado tiquetaqueia solitariamente pendurado na parede de uma lanchonete.

Gastaram milhões para reformar a rodoviária, mas não ficaram atentos a esses detalhes. Aliás, os relógios devem representar o menor dos custos.

Kevin Foerster estudante

A situação, claro, mais parece uma anedota. Afinal, espera-se que em uma rodoviária as coisas funcionem no horário. Até seria engraçado se não causasse transtornos aos passageiros. Na noite do domingo passado (1), o aposentado José Pedro Naisser foi buscar a nora no local. “Esqueci meu relógio e procurei me informar pelos da estação. Em um, os ponteiros marcavam quase 5 horas; já outro apontava 8h35, e havia outros mais sem ponteiro. Uma verdadeira confusão”, relata.

Como a Rodoferroviária foi reformada para a Copa do Mundo, no ano passado, e a um custo de R$ 46,8 milhões, Naisser fez graça. “Pensei que os relógios estavam ajustados com o fuso horário dos países das seleções visitantes”, provoca. “Como pode não ter nenhum um relógio funcionando? Isto é essencial numa rodoviária”, critica o cozinheiro Amauri José Corrêa. Para ele, a prefeitura deveria aumentar a manutenção no local.

O estudante Kevin Foerster, morador de Matinhos que vem a Curitiba toda semana, também reclama da falha. “Gastaram milhões para reformar a rodoviária, mas não ficaram atentos a esses detalhes. Aliás, os relógios devem representar o menor dos custos”, observa.

Já o montador Dalírio Lima é mais enfático. “Ou retiram ou arrumam. O que não pode é deixar uma coisa simples como essa sem resolver. Fica feio para Curitiba”, desabafa.

O taxista Mário Cunha, por sua vez, que tem a Rodoferroviária como sua base, afirma que os turistas não se importam com a desatualização e com o estado dos relógios. “Eles ainda acham Curitiba melhor do que o resto do país. Mas acho que é isso passa uma ideia de abandono.”

Outro lado

A Secretaria de Obras de Curitiba informou, por meio da assessoria de imprensa, que a empreiteira responsável pela reforma fez diversas tentativas de conserto dos relógios. Porém, como esses equipamentos seriam antigos não foi possível consertá-los.

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