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Cerca de 50 ativistas munidos de faixas percorreram, neste sábado pela manhã, o calçadão da Rua XV de Novembro para se manifestar a favor do projeto de lei que proíbe a entrada de circos com a apresentação de animais em Curitiba.

Eles defendem que a proposta original, sem emendas, seja colocada em prática.

Os cerca de 50 organizadores da manifestação pretendem coletar assinaturas para um abaixo-assinado contra a presença de animais em circos. Um documento com 5 mil assinaturas já foi encaminhado à Câmara e, posteriormente, irá à Assembléia Legislativa. "Queremos impedir a presença de circos com bichos no estado inteiro, como acontece no Rio de Janeiro", sugere a vice-presidente da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, Soraya Simon.

A manifestação é para que o projeto de lei apresentado em 2005 seja aprovado no seu conteúdo original. Emendas propostas pelos vereadores e pelo próprio autor da proposta, Jair Cézar, abrem algumas exceções, como a liberação aos circos que tenham veterinários. "Defendo o caso excepcional, de existir a brecha quando tiver veterinário e atestado sanitário", diz Cézar. Ele acredita que se a fiscalização fosse mais rigorosa, não haveria a necessidade de lei.

A veterinária Denise Cotrin Barboza cita que são comuns as queixas de maus-tratos aos animais de circo. "Recebemos denúncias de que os animais estão famintos. Também há relatos de que eles são alimentados com cães", exemplifica. "Não sabemos o que os animais tiveram de passar para fazer todas aquelas acrobacias. No caso do leão é cortada a presa e a sensação para uma pessoa é como um canal de dente aberto."

Um dos responsáveis pelo circo Moscou, que atualmente se apresenta em Curitiba, Marcelo Palácio, contesta as informações. Ele diz que os 15 animais do circo não são ameaçados. O bicho que trabalha, segundo ele, recebe um "presentinho".

Não há um veterinário que viaja junto com a equipe, mas, segundo Palácio, um profissional geralmente é contratado na cidade que o circo está se apresentando.

Dentre as atrações animais (macaco, cavalo, avestruz, lhama, pônei, etc.), o xodó do circo Moscou é o elefante Bambi, de 40 anos. "Ele é tratado como se fosse da família" diz Palácio, responsável pelos cuidados aos animais. Ao ser informado sobre a proposta que tramita na Câmara Municipal, ele lamenta: "Acho que não devem proibir os circos. Nós que tratamos bem os animais vamos ser prejudicados".

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