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A tia de Rachel pediu ajuda da população com denúncias que possam levar a prisão do assassino | Marcelo Elias - Agência de Notícias Gazeta do Povo
A tia de Rachel pediu ajuda da população com denúncias que possam levar a prisão do assassino| Foto: Marcelo Elias - Agência de Notícias Gazeta do Povo

A avó de Rachel disse que a prisão do autor do crime vai trazer algum conforto para a família

Um protesto na manhã desta terça-feira (3) na rodoferroviária de Curitiba marcou um ano de um crime que chocou o país, o assassinato de Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre. A menina de 9 anos desapareceu no dia 3 de novembro de 2008 depois de deixar a escola no centro da cidade. O corpo de Rachel foi encontrado dois dias depois dentro de uma mala. Até agora, ninguém foi preso pelo crime.

Atualmente, o caso está sobe a responsabilidade do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), desde que o corpo foi encontrado na Rodoferroviária, foram realizados 47 exames de DNA em suspeitos e percorridos cerca de 8.500 quilômetros em investigações em 17 cidades do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Sergipe. No decorrer das investigações foram apuradas 85 denúncias e mil pessoas entrevistadas. A polícia já teve 200 suspeitos.

"Continuamos com um serviço intenso de inteligência policial. É bom que fique claro que a polícia não desistiu do caso e não o arquivou. Nosso objetivo é fazer com que o criminoso seja preso e responda por esse crime com a intensidade e a força da lei", garantiu o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Durante o ato, parentes e amigos da família de Rachel pediram ajuda para a solução do caso. Em entrevista ao telejornal ParanáTV, a tia da menina, Maria Carolina Lobo, pediu para quem tiver informações que entre em contato com a polícia. "Se você viu, quinze para as seis da tarde na Praça Rui Barbosa. A menina não sumiu, não foi abduzida. Ela tava lá e alguém deve ter visto. Denuncie. É anônimo. Todo denúncia é apurada pelo Cope", disse.

Aparecida Gomes de Oliveira, avó de Rachel, também participou do protesto. Só agora, um ano depois do crime, ela conseguiu voltar ao local. A avó disse que a prisão do autor do crime vai trazer algum conforto para a família. "De alguma forma vai, porque a gente sabe que ele vai pagar. Apesar de que ela não volta, é uma perda total. Pelo menos alivia um pouco saber que ele está preso e pagando pelo crime que cometeu", disse em entrevista ao telejornal.

O crime

Rachel desapareceu ao sair do Instituto de Educação, no centro de Curitiba, onde estudava. A menina morava na Vila Guaíra e todo o dia pegava o ônibus sozinha para ir e voltar da escola. O corpo da menina Rachel foi encontrado dentro de uma mala, embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual da Rodoferroviária. Ela ainda vestia a camiseta do uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Médicos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

Rachel cursava a 4ª série e em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Em 2008 recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

Três dias depois do corpo ser encontrado, o ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, foi preso em Itajaí, Santa Catarina, considerado como suspeito do assassinato. O resultado do exame de DNA, entretanto, descartou o envolvimento dele na morte da menina. Ele permaneceu preso por outro crime, atentado violento ao pudor contra uma criança de 6 anos, ocorrido em 2007.

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