Ato pede paz para juventude

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Aproximadamente 1,2 mil jovens se reuniram no Centro de Curitiba para a manifestação "Contra o extermínio da juventude na luta pela vida". Segundo levantamento da Gazeta do Povo a partir de boletins do Instituto Médico-Legal, 117 adolescentes com idades entre 12 e 18 anos foram vítimas de mortes violentas em Curitiba e região metropolitana entre 1.º de janeiro e 23 de outubro deste ano. Com o número, pode-se afirmar que um adolescente é morto a cada dois dias na área da capital. Organizado pela Comissão Juventude da Arquidiocese de Curitiba, o evento pretende discutir as razões desse elevado índice.

Assessor da Comissão, o padre Alexsander Cordeiro Lopes defende que o apoio de familiares, de amigos e de instituições, como a Igreja, pode evitar a escolha do caminho errado. "O mais importante é a acolhida da juventude. É preciso oferecer emprego, educação e um carinho especial. A violência, muitas vezes, começa e acontece dentro de casa", diz. Uma melhoria nas condições atuais da juventude não ocorre com o aumento da polícia nas ruas, mas com políticas de inclusão. Para isso, há necessidade de uma união de forças entre família, poder público (responsável por projetos sociais) e Igreja (no apoio para tirar jovens das ruas).

E duas medidas são fundamentais para começar a mudar o atual panorama: trazer o jovem para o mundo verdadeiro e despir o preconceito da sociedade. "Muitas vezes, o jovem se perde porque está desvinculado do mundo adulto", diz. O padre Alexsander explica que a juventude deixa de se importar com a sociedade quando percebe a indiferença. "E aí é um passo para cair no mundo do crime", afirma.

Os integrantes do movimento se concentraram em frente à Ca­­tedral Basílica, na Praça Tira­­den­­tes, por volta das 8h30. Depois, houve realização da Santa Missa, com a participação do bispo auxiliar dom João Carlos Seneme. Em seguida, foi organizada a Missão Jovem, com apresentação de peças de teatro e outras atividades culturais. Por volta das 14 horas, houve manifestação na Rua Monsenhor Celso. Os jovens voltaram ao palco da Praça Tiradentes e foram brindados com shows até às 17 horas.