• Carregando...
Via Campesina no Ministério da Fazenda, no dia da Jornada Nacional de Luta: ação em todo Brasil por mais assentamentos | Wilson Dias/AGBr
Via Campesina no Ministério da Fazenda, no dia da Jornada Nacional de Luta: ação em todo Brasil por mais assentamentos| Foto: Wilson Dias/AGBr

Os cerca de mil trabalhadores sem-terra que ocupavam o Minis­tério da Fazenda desde a manhã de ontem – ação que faz parte da Jornada Nacional de Luta – aceitaram deixar o local após o governo concordar em fazer uma reunião com seus representantes. O encontro ocorreria no Palácio do Planalto, às 17 horas. Por volta das 5h30, os manifestantes invadiram o "hall" de entrada da pasta e passaram a proibir o acesso de funcionários.

O secretário nacional de articulação social, Paulo Maldos, representou o governo na negociação e subiu ao carro de som para falar com os manifestantes. Ele afirmou que estariam presentes à reunião o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin Filho, e Gilson Bittencourt, assessor da área de crédito rural da Fazenda.

Após votação aberta dos integrantes do movimento, foi decidido que o ministério seria desocupado e que, provavelmente, os manifestantes iriam para a frente do Palácio do Planalto – mas uma nova votação após o almoço seria realizada.

Entre os assuntos que os sem-terra queriam discutir com o governo, estavam a reforma agrária, o assentamento de cerca de 60 mil famílias que estão acampadas e o refinanciamento do crédito rural para pequenos produtores.

De acordo com João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), cerca de 25% dos pequenos produtores estão endividados, e a proporção sobe para 55% nos assentamentos. "Resolvemos fazer a manifestação porque não estamos vendo acontecer nada em relação à reforma agrária neste governo", disse Rodrigues.

Incra e Eletrobrás

Integrantes do MST também invadiram ontem a superintendência do Incra (Instituto Bra­­sileiro de Colonização e Re­­forma Agrária) em Recife, no Pernam­­buco; o pátio da usina hidrelétrica de Paulo Afonso, da Chesf (Compa­nhia Hidroelétrica do São Fran­cisco), na divisa entre Alagoas e Bahia; o prédio da Eletrobrás, em Maceió; e o prédio do Depar­­tamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), em Fortaleza.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]