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São Paulo – A Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, informou ontem que, até o fim da tarde, dos 1.148 vôos programados, 219 foram afetados por atrasos. O número representa 19,1% do total.

Os atrasos nos aeroportos estão relacionados com a falta de controladores de vôo, em Brasília. Na terça-feira, dia 14, o comando da Aeronáutica decidiu manter aproximadamente 150 controladores aquartelados, com intenção de amenizar o caos no feriado de quarta-feira, da Proclamação da República.

Entretanto, 35,5% dos vôos tiveram atraso e provocaram novas filas nos aeroportos das principais capitais brasileiras.

A medida emergencial de aquartelamento já tinha sido utilizada no feriado prolongado de Finados, de 2 de novembro. Já na quarta-feira o Comando da Aeronáutica pôs fim ao aquartelamento, mas manteve os controladores de tráfego aéreo de sobreaviso.

Apesar da normalidade nos aeroportos ontem, hoje poderão ser registrados novos atrasos com aumento de passageiros que deverão deixar a capital paulista, em razão do feriado municipal da Consciência Negra na segunda-feira.

Ontem o dia foi bastante tranqüilo no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

A maioria dos 29 atrasos ocorridos entre as 6 e as 18 horas foi verificada até as 9 horas, quando 27 vôos saíram ou chegaram após o horário previsto.

Os atrasos foram, em média, de 30 minutos. Durante o dia, 28 vôos foram antecipados em cerca de 10 minutos e um foi cancelado.Desde o início da crise nos aeroportos, a porcentagem de vôos atrasados seguia uma tendência de aumento no fim do dia. Ontem, entretanto, isso não se confirmou.

Metodologia

A partir de hoje, a Infraero vai mudar a metodologia da divulgação dos atrasos dos vôos.

Até agora eram considerados atrasos de 15 minutos ou mais: a partir de hoje, serão classificados como atrasos apenas aqueles que significarem 30 minutos ou mais de espera para pousos e decolagens.

A mudança vai vigorar por apelo dos militares, que ponderaram que atrasos de até 30 minutos são aceitáveis em todo o mundo. Se a nova metodologia já estivesse em vigor ontem, os atrasos não afetariam 19,1% dos vôos, mas algo entre 3% e 5%.

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