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A audiência de instrução e julgamento de Juarez Ferreira Pinto foi suspensa após oito horas de depoimentos, no Fórum de Matinhos. Seis testemunhas não puderam ser ouvidas - uma de defesa e cinco de acusação – porque moram em outras cidades e prestarão depoimento por carta precatória (serão ouvidas por um juiz ou um promotor das comarcas em que residem). Apenas depois que o juiz Rafael Luiz Brasileiro Kanayama tiver acesso a todos os depoimentos é que a audiência será remarcada, não há definição da data.

O juiz também pediu que fossem incluídos no processo laudos pericias (como o teste de esforço físico de Juarez) que estavam faltando, em um prazo 48 horas. Sendo assim, nessa terça aconteceu apenas a audiência de instrução.

Juarez é acusado de ter matado o jovem curitibano Osíris Del Corso, 22 anos, e também de ter atirado e molestado Monik Pergorari de Lima, 23 anos (namorada de Osíris), no dia 31 de janeiro, no Morro de Boi, em Caiobá, no Litoral do estado. Novamente Monik afirmou que os crimes teriam sido cometidos por Juarez. A jovem depôs por uma hora.

O advogado de defesa, Nilton de Oliveira, disse que o inquérito apresentava contradições, pois anteriormente não constava a informação de que Monik não teria 100% de certeza de que Juarez era o criminoso da primeira vez que o viu, e que isso somente teria ocorrido mais tarde. Juarez Ferreira Pinto disse novamente que era inocente. Ele foi denunciado por quatro crimes: latrocínio (roubo seguido de morte), roubo seguido de lesão corporal grave, atentado violento ao pudor e por perigo de contágio de moléstia grave.

Testemunhas de defesa afirmaram que Juarez foi visto em seu trabalho no dia do crime, reforçando o álibi do acusado. Já a promotora Carolina Dias Aidar Oliveira disse, ao final da audiência, que estava convicta de que Juarez era o autor dos crimes e que as testemunhas de defesa estariam "contaminadas", por serem pessoas próximas ao acusado.

O delegado Luiz Alberto Cartaxo, que conduziu as investigações, também prestou depoimento e disse que espera que seja comprovada a qualidade das apurações e que crê que a justiça será feita. O pai de Osíris Del Corso não quis conversar com a imprensa.

Na semana passada, mesmo com autorização judicial, uma entrevista coletiva de Juarez Ferreira Pinto na Casa de Custódia de Curitiba foi cancelada pelo governo. Em um despacho, o secretário de estado da Justiça e Cidadania, Jair Ramos Braga, não permitiu a entrevista. Braga disse, no documento, que a Lei de Execuções Penais "não autoriza que se faça sensacionalismo".

Prisão

Juarez foi preso no balneário de Santa Terezinha, no Litoral paranaense, no dia 17 de fevereiro, e a prisão temporária foi convertida em preventiva no dia 11 de março, pela Justiça de Matinhos. O suspeito está preso no Complexo Médico Penal em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

A jovem baleada teria reconhecido o suspeito, mas ele negou as acusações. Já o exame de DNA feito - pelo Instituto de Criminalística - comparando a amostra de sangue encontrada na camiseta do possível criminoso com o sangue de Juarez deu negativo. Dias depois, foi descartada a possibilidade de que a camiseta tivesse relação com o crime.

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