A Prefeitura de São José dos Pinhais recebeu na tarde desta sexta-feira (31) o relatório da "auditoria cívica da saúde", organizada pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) em parceria com a Força Sindical. Auditores voluntários fiscalizaram a qualidade da saúde do município baseados em quatro critérios: serviços prestados; estrutura física, equipamentos e recursos humanos; percepção dos usuários; e medicamentos.
Entre os problemas constatados estaria a baixa cobertura do Programa Saúde da Família (PSF), que não chega a 50% da população de 287.700 habitantes. O levantamento foi realizado nesta quinta (30) e sexta-feira (31) e, na hoje mesmo, entregye ao secretário Municipal de Saúde, Brasilio Vicente de Castro, e ao promotor público Willian Lira de Souza.
Dentre os usuários entrevistados, 65% afirmaram nunca ter recebido visitas dos agentes comunitários de saúde. A auditoria ainda apontou que há "repasse do governo federal para a contratação desses profissionais, porém, ela não está sendo feita". A assessoria de imprensa da Prefeitura de São José dos Pinhais nega que isto ocorra, e justifica que "a existência de promessa de verba infelizmente não significa que este recurso é garantido".
Poucos profissionais e muitas filas
Os auditores notaram a ausência de profissionais de saúde bucal, o que levaria a uma média de espera de 20 dias nos agendamentos odontológicos. Nas áreas de neurologia e gastroenterologia, o prazo seria de até um ano, por vezes superando este prazo. A quantidade de profissionais de outras áreas seria "aquém da necessária".
Segundo relato dos usuários, as filas começam a ser formadas às 4h30 da manhã, para distribuição de senhas que se esgotam às 6h30. Para solucionar esse problema, a auditoria sugere a "disponibilização de um sistema mais humanizado de distribuição de senhas".
Em relação à infraestrutura, foram encontrados problemas de má conservação, espaço físico reduzido, ausência de adequação para acessibilidade, problemas nas redes elétricas, e goteiras que levam a alagamentos. O relatório pondera, no entanto, que as unidades de Martinópolis, Faxina, Córrego Fundo e Guatupê possuem boa estrutura.
Outro lado
Via assessoria, a Prefeitura de São José informa que recebeu o documento nesta sexta, e que ainda não houve tempo para analisar os questionamentos feitos e verificar se as avaliações são pertinentes. De qualquer forma, o município reconhece que "há o que melhorar", mas garante fazer um esforço para adequar-se às demandas do Ministério da Saúde (MS).
Prova disso seria a existência de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e um hospital na cidade, quando o MS recomenda que municípios com até 300 mil habitantes tenham uma UPA. Além disso, o município teria reformado no ano passado (2013) dez das 27 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que possui.
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