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O início do ano letivo nas escolas estaduais ontem foi marcado por falta de professores, distribuição de aulas de última hora para temporários e problemas de estrutura física. O ano letivo começou atrasado por causa de reformas inacabadas em pelo menos três escolas do estado.

Em Maringá, o número de talheres insuficientes obrigou os alunos a revezarem garfos, facas e colheres. Não só. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APP-Sindicato) passaram parte da manhã em frente ao Núcleo Regional de Ensino exigindo transparência na escala da ordem de serviço dos professores. Em Foz do Iguaçu, faltaram professores em praticamente todas as 27 escolas estaduais, que atendem 32 mil alunos do ensino fundamental e médio.

No Colégio Estadual Hildegrando de Araújo, no Jardim Botânico, em Curitiba, o diretor Osvaldo Alves de Araújo resolveu adiantar a programação do Projeto Não-Violência com os alunos diante da ausência de professores. Pelo menos quatro não apareceram e uma das turmas teve de ser dispensada mais cedo. "Esperamos que até segunda-feira esteja tudo resolvido", diz o diretor.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), a contratação de professores temporários deve chegar a mil vagas – o que não é considerado alto em comparação com o total de 56 mil professores concursados de todo o estado. Os casos de falta de professores, informa a assessoria de imprensa da Seed, devem ser solucionados até o início da próxima semana. Na última quarta-feira, só na capital, foram convocados 450 professores temporários. "Há professores que vão conhecer a escola e acabam desistindo de dar aula lá. Por isso as chamadas vão ser feitas até que todas as vagas sejam preenchidas", afirma a chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba, Sheila Marize Toledo Pereira.

Obras

Por falta de espaço, três colégios precisaram improvisar locais para receber os estudantes. Na Escola Estadual Osvaldo Cruz, em Campo Mourão, Centro-Oeste do estado, parte de uma turma de 50 alunos de ensino médio teve de assistir à aula na biblioteca da escola, outra parte foi alojada num pátio ao lado do banheiro. As reformas no telhado das salas, banheiros e pintura, tiveram início na semana passada e, segundo a diretora Neiva Bernardes de Souza, devem ficar prontas em 150 dias.

As reformas também afetaram o início de ano dos alunos do Colégio José Ângelo Baggio Orso, em Cascavel. As obras, que deveriam ter sido feitas em janeiro, iniciaram um dia antes das aulas. Segundo Ademir Zoz, diretor da escola, o atraso se deve a questões burocráticas do processo de licitação. A falta de espaço obrigou o Núcleo Regional de Educação a improvisar quatro salas de aula no salão comunitário do bairro. O colégio funciona no prédio de uma escola municipal, o que eleva o número de estudantes no período da manhã. A prefeitura de Cascavel doou essa semana um terreno para que o governo do estado construa uma sede própria da escola.

Em Foz do Iguaçu e Ponta Grossa alguns alunos terão que assistir aula sábado para repor as que perderão por causa do atraso de reformas. A Escola Estadual Pioneiros, em Foz, só deve iniciar o ano letivo no dia 6 de março. "A escola tinha somente cinco salas e estão sendo construídas mais dez", informa Raquel Aparecida Fernandes Moreira, chefe do Núcleo Regional de Educação em Foz.

Em Ponta Grossa, também por causa de reformas, as aulas nos colégios Júlio Teodorico e Professor Colares começam apenas no dia 13. No Professor Becker e Silva, no dia 16.

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