• Carregando...

As escolas da rede pública estadual do Paraná podem iniciar o ano letivo com falta de professores. A informação é da própria Secretaria de Estado da Educação (Seed). Segundo a chefe do departamento de infra-estrutura da Seed, Ana Lúcia Albuquerque Schulhan, apesar de todo o quadro de professores ter sido preenchido por meio de concurso, muitos recém-contratados têm demonstrado desinteresse pela docência.

"São pessoas que assumiram o cargo, já foram designados, mas que tememos que não compareçam na escola para lecionar", diz ela.

De acordo com a edição desta quarta-feira da Gazeta do Povo, nos últimos três anos, o governo estadual promoveu dois grandes concursos públicos para professores, com total de 34 mil novas vagas. Atualmente, a secretaria conta com 56.082 professores, todos estatutários.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação do Paraná (APP-Sindicato), José Lemos, diz que realmente pode acontecer nas cidades maiores de os professores não comparecerem. "Como o concurso de 2003 não foi prorrogado, muitos convocados assumiram em locais que não tinham interesse, para garantir a vaga, com a esperança de se transferirem de cidade. São pessoas que não vão ficar com o cargo, nem apareceram para a semana pedagógica", diz Lemos.

Providências

A Seed se comprometeu na última segunda-feira a reintegrar funcionárias grávidas, em licença-maternidade e funcionários em licença-médica que foram demitidos em dezembro, quando um total de 14 mil funcionários e professores foram dispensados para serem substituídos por concursados.

Além dos licenciados, a Seed também deve rever a demissão de funcionários que estavam para se aposentar e fazer o pagamento das férias em folha complementar. A decisão foi tomada após reuniões na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e na Procuradoria Regional do Trabalho.

O governo também recuou em relação à situação dos professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) nos últimos dois anos, que haviam sido impedidos de participar de uma nova seleção esse ano. "Ainda vamos cobrar na Justiça o aviso prévio e a multa sobre o FGTS, que a secretaria não concordou em pagar", informa Lemos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]