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Brasília – Pesquisa encomendada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) constatou um aumento do consumo de bebidas alcoólicas, maconha e cocaína, entre outras drogas, no país, entre 2001 e 2005. O estudo, intitulado II Levantamento Domiciliar sobre Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, informa que 12,3% dos brasileiros com idades de 12 a 65 anos se declararam dependentes de bebidas alcoólicas. Esse contingente de quase 8 milhões de pessoas está 1,1 ponto porcentual acima dos 11,2% de brasileiros, da mesma faixa etária, que assumiram o vício no primeiro levantamento, em 2001.

"Houve um aumento do consumo de todas as drogas, embora um pouco menor do que imaginávamos", afirmou o secretário nacional Antidrogas, general Paulo Roberto Uchôa.

O levantamento foi feito no primeiro semestre deste ano pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid). O estudo mostra ainda que o porcentual de brasileiros que diz ter usado maconha pelo menos uma vez na vida subiu de 6,9% para 8,8%. Os usuários declarados de cocaína passaram de 2,3% para 2,9%. Nessa mesma sondagem, 6,1% dos entrevistados assumiram que já experimentaram algum tipo de solvente (cola de sapateiro, entre outras) alguma vez na vida. Em 2001, esse contingente era de 5,8% das pessoas que responderam ao questionário sobre consumo de drogas lícitas e ilícitas.

"O aumento é pequeno, mas significa a prevalência no país de um elevado número de pessoas classificadas como dependentes de álcool ou outras drogas", afirma o diretor do Cebrid, Elisaldo Carlini, coordenador do levantamento.

Embora considerado alto, o número de dependentes de álcool pode aumentar ainda mais. Entre os entrevistados, 74,6% declararam que já experimentaram álcool pelo menos uma vez na vida. Os homens se arriscam mais. Pelo estudo, 83,3% dos brasileiros entre 12 e 65 anos disseram que já tomaram algum tipo de bebida alcoólica. Entre as mulheres, esse porcentual cai para 68,3%.

Ele argumenta que o aumento do consumo de álcool e outras drogas é um fenômeno mundial e não um problema exclusivamente brasileiro. O general Uchôa concorda. Para o chefe da Senad, o Brasil está numa posição intermediária no "ranking" mundial de consumido de drogas. Em países como Estados Unidos e Rússia, o problema é ainda mais grave.

A pesquisa foi feita no início deste ano. Foram entrevistadas 7.939 pessoas de 12 a 65 anos de idade em todas as regiões do país.

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