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Detalhe da garrafa de whisky que foi vendida pelo equivalente a R$ 110 mil | Reprodução
Detalhe da garrafa de whisky que foi vendida pelo equivalente a R$ 110 mil| Foto: Reprodução

Curitiba – Os casamentos entre solteiros ainda prevalecem no Paraná, mas esse tipo de união vem perdendo espaço. O que mais cresce no estado é o casamento do homem divorciado com a mulher solteira. Em 1995, esse arranjo conjugal representava 1,7% das uniões legais. Já em 2005, o porcentual quase quadruplicou, saltando para 6,6%. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na sexta-feira.

Esta é uma tendência que se observa em todo o país. Nos 26 estados e no Distrito Federal se multiplicaram os casamentos entre homens divorciados e mulheres solteiras, mas em diferentes proporções. No Amazonas, por exemplo, o número de casos nem chegou a dobrar. Já no Ceará, cresceu mais de oito vezes.

Diferente

Mas quando se observa os casos de uniões entre mulheres divorciadas e homens solteiros, a situação é diferente. Na média do país, houve um crescimento de 1,7% para 3,1% de 1995 para 2005. No Paraná, esse tipo de casamento diminui de 4% para 3,7%. E o mesmo aconteceu em quase todas as unidades da federação, com exceção de Rondônia e Santa Catarina.

Entre os brasileiros idosos (com 60 anos de idade ou mais), a taxa de casamentos é de 3,3% para os homens e de 0,8% para as mulheres. Se for levado em consideração que a expectativa de vida da mulher é maior, torna-se ainda mais significativa esta diferença, confirmando que os homens idosos casam mais do que as mulheres da mesma faixa etária. No Paraná, a taxa é de 3,3% para os homens e 0,9% para as mulheres.

Separações

O número de casamentos aumenta, mas o de separações cresce ainda mais. Em 2005, as uniões cresceram 3,6% em comparação com o ano anterior. As dissoluções tiveram um incremento de 7,4%. A maior parte das separações judiciais no país foi consensual (76,9%). O estado que se destaca nesta condição é Mato Grosso do Sul (83,4%). Só em Alagoas o porcentual de separações consensuais foi menor do que o de separações não-consensuais, 45,2% e 54,6%, respectivamente. No Paraná, as proporções são de 80,9% e 19,1%.

Quando a separação não é consensual, 45% dos casos são resultantes de "conduta desonrosa ou grave violação do casamento" e o pedido é feito pela mulher. Outros 40% têm como fundamento a "separação de fato do casal". O IBGE também mostra que, em qualquer situação, a maioria das separações são solicitadas pelas mulheres. E depois do divórcio, são elas que ficam com a guarda dos filhos em 89,5% dos casos.

"A guarda dos filhos menores pode explicar, em parte, as diferenças nos recasamentos de mulheres e homens divorciados com cônjuges solteiros, visto que a responsabilidade pela guarda, na maioria dos casos, é da mulher", diz o estudo do IBGE.

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