Londrina Autoridades do setor de segurança viram com reservas o "acordo" de cessar fogo firmado entre gangues da Rua Pantanal, no Jardim Santiago, Jardim Leste-Oeste e do Conjunto Nossa Senhora da Paz, em Londrina. O acordo foi anunciado na segunda-feira. O conflito durava seis anos e já deixou dezenas de mortos.
Segundo a população da região, a ordem de dar fim à rotina de tiroteios, brigas e mortes veio de dentro do sistema carcerário de Londrina. No começo de julho, as polícias Civil e Militar prenderam nove pessoas na região. Nas buscas foram apreendidos rádio-comunicadores, armas e drogas.
O comandante interino do 5.º Batalhão de Polícia Militar, major Altivir Cieslak, disse que não foi informado a respeito do acordo. "Nunca fomos convidados ou informados a respeito desses acordos mediados pelo vereador (Sidney de Souza)", afirmou. "O vereador agiu individualmente e pode esclarecer melhor os termos desse suposto acordo."
O delegado de Polícia Civil Sérgio Barroso questionou a legitimidade do pacto. "Paz tem que ser levada a efeito na prática, não na conversa", disse. Para ele, os tiroteios são aleatórios e sem justificativa. "Não há ninguém tentando tomar pontos de tráfico. Não dá para entender o porquê dessa disputa."
Rubens Ferreira, presidente do Conselho de Segurança da zona Oeste, andou ontem pela favela da Bratac, na Rua Pantanal e no Jardim Leste-Oeste. "O clima estava estranho. Não há garantias sólidas", apontou. Ele vê o acordo com cautela. "Esse acordo é paliativo. A paz não se conquista de uma hora para outra, e sim com trabalho social nas comunidades."
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião