A Avenida Comendador Franco, conhecida como Avenida das Torres, deve ganhar uma ciclovia até 2014. O projeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) faz parte do pacote de obras de requalificação do corredor que liga o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, à Rodoferroviária de Curitiba. As obras serão financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa.
Segundo a arquiteta Maria Miranda, da Coordenação de Mobilidade e Transporte Urbano do Ippuc, as obras estarão prontas até o Mundial. "Estamos finalizando o projeto-executivo de todo o eixo da Avenida das Torres. Depois é preciso a aprovação da Caixa Econômica Federal, que financia o projeto através do PAC", diz. Após essa aprovação, inicia-se a fase de licitação.
Serão 10 quilômetros com faixas de sentido único dos dois lados da avenida. A ciclovia, que ficará do lado das calçadas, será quase toda exclusiva para bicicletas. "Serão 1,5 metros de largura na ciclovia, porém, alguns trechos serão compartilhados com os pedestres, por questões de topografia. Mas serão relativamente pequenos", diz Maria.
O projeto do Ippuc segue até o Rio Iguaçu, pouco antes do portal de São José dos Pinhais. A ligação até o aeroporto deverá ser feita pela prefeitura do município metropolitano, com verbas da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).
A ciclovia da Avenida das Torres faz parte do Plano Diretor Cicloviário que pretende, a longo prazo, implantar mais 300 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas em Curitiba. Atualmente, a capital possui 118 quilômetros que também devem ser revitalizados.
Primeira impressão
Para Orlando Pinto Ribeiro, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo, o esforço de incluir um transporte menos poluente para a avenida de acesso à cidade é importante. "É preciso tentar humanizar a via que vai dar acesso às pessoas que vierem à Copa do Mundo. Pensar num transporte por meio de bicicleta e pedestres mostra que Curitiba quer entrar nesse cenário das cidades que se preocupam além do planejamento rodoviário."
Contudo, Ribeiro ressalta a importância de separar carros, bicicletas e pedestres. "Tem que ser feito um trabalho de paisagismo dos lados da via, contemplando a calçada e ciclovia. Seria uma forma de colocar essa avenida dentro da malha urbana, criando a possibilidade de passeio", conclui.
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